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sábado, 30 de outubro de 2010

A ti Sandra...

Caros leitores quero fazer o meu 200 post dedicado a uma pessoa...
Desde já quero agradecer a todos os leitores por terem mantido de pé este pavilhão
Desde já a todos Obrigado
***
Foram dias e parece anos. A flor cresceu no meu pequeno pátio...fui regando ...umas vezes melhor outras vezes pior. Foram havendo trovoadas e nunca deixaram de existir como é óbvio. É de bom grado que agradeço-te por tudo o que fizeste por mim até agora. Aquele teu toque que sempre nos envolveu...aquele toque que nunca nos foi indiferente. Os nossos olhares ao som das mornas Cabo Verdianas, os nossos passeios a fazer caretas a toda gente, as tuas quedas com os atacadores desatados no meio da rua, os nossos gritos no meio da autoestrada em plena Lisboa, as nossas corridas que mais parecem passeios de idosos...
Os meus segredos e o teu carinho a ouvi-los.

De carta apenas te escrevo...

"Se morrer hoje quero que saibas que és a minha melhor amiga o meu porto de abrigo e a pessoa mais especial da minha vida. Se eu fechar os olhos hoje, levo um cabelo teu envolvido comigo e nos meus longos e enrolados cabelos, pois vai servir de almofada com o teu cheiro"
Para ti Sandra, da pessoa que se rendeu à tua pessoa e ás tuas duas cores... 
Iúri Oliveira

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Folhas Soltas#4

Riu para não chorar tais passadas do tempo que não poso voltar a trás. Sigo os passos do meu amigo, para a Terra de Ninguém, sinto o ar fresco do sítio onde vou morar. Talvez folhas soltas, talvez cinzas, mas o certo é que a Orientação e a Frescura deste meu sítio me vão inspirar....
Ontem, fui...
Hoje sou...
Alguém...
Amanha?
Só me apetece ficar, para trás como uma criança contemplada no carro vermelho que passava horas a brincar....
Custa a passar....
Sem aquela cor castanha do seu olhar e o embrulhado dos cabelos dela no meu rosto...
Estes passos...estes sonhos...

Uma mulher bonita assim..o que quer de mim?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

quinta-feira, 4 de março de 2010

Baloiço...

Vou num baloiço, vou num carrossel.
Á roda, em cima e em baixo.
Os olhos fecham a cada movimento e a cada saborear do vento na cara.
O candeeiro da rua fundido, dois pássaros poisados no fio de alta tensão, o final de tarde e o som da ferrugem dos baloiços.
Vai rindo, vai sorrindo aqueles pensamentos de pessoa vazia e feliz...
Vai caindo o Sol e empurrando a Lua...
O baloiço vai dando cada vez mais balanço...
Vem coisas boas à cabeça, vem coisas alegres e com emoções.
Vou absorvendo cada momento, cada baloiçar...faço de cada movimento um som, cada arrastar de folha no chão com o vento, uma harmonia...vou rindo do nada e do nada vou comendo vento fresco.
Pensamento de liberdade, pensamento de agarrar um balão e voar para bem longe para mais ninguém me ver.
Vou me rindo de mim próprio.
Os sons vão-me soando cada vez mais alto na cabeça, e tudo torna-se a preto e branco.
O estômago dá um nó, a garganta também... Os sonhos mais impossíveis tornam-se em arrepios de energia como orgasmos à flor á flor da minha pele. apetece-me naquele momento saltar do baloiço em andamento e despedaçar o Mundo.
A minha cabeça vai viajando velocidades ainda mais estonteantes, os sons vão-se tornando mais altos a cada minuto que passa...

Quero terra e fogo...
A luz do candeeiro fica cada vez mais intermitente, a minha sombra torna-se em várias, sai-me suspiros, sai-me arrepios. 
Sinto um calor a percorrer as pontas dos meus dedos...e vou me rindo. Um riso meio amedrontado com tantas emoções. Apetece-me rebentar...
Apetece-me correr como um prisioneiro livre pelas ruas, cidades, países, continentes e só parar quando encontrar o nada.
Tudo se desfaz com o apagar da luz...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Vagabundo que quer guardar o Mundo...

Caem os céus ás vezes sobre nossos narizes...
Vemos o que construímos a ser levado por uma leve brisa de ar...
Gosto de para e estudar as pessoas e ignorantemente não perceber nada delas...
Gosto de opostos extremos e ver a sintonia deles..
Um dia gostava de ser Príncipe e agarrar num jasmim e idolatrá-lo dia e noite ao som da Garota de Ipanema...
Por vezes corro e quero tanto uma coisa e acabo por cair naquilo que menos quero. 
Jasmim, Jasmim..onde andas tu?
Escalar a montanha e chegar ao topo. É o que todos querem....mas...e quando chegarem ao topo que acontece? Eu prefiro quando tiver quase a chegar la...descer a montanha e encontrar um novo caminho para lá chegar....
Quero um dia agarrar nela e construir um ar digno de se respirar. 
Vem ritmo e aquelas danças sincronizadas onde os corpos automaticamente se movem ao som das claves e cáscaras.
Querer toda gente quer...que Ironia.
Inspiração e cores...onde estão vocês?
Para que chorar? Há sempre amor, e um amanhecer...
Agora estou me a rir que nem um perdido após duas luas acordado como se fosse dia de estrela Sol.
Aquela "Vianneta" de morango nos meus lábios....
Aqueles amanheceres...
Aquele corpo esguio como um arranha céus mas ainda mais perfeito que as cordas de Sol dos trovadores de deserto.
Hoje vazio, amanha cheio como o belo som da Bossa-Nova...

Aqueles cabelos loiros juntos com tranças feias e
Só nós dois sabemos ser, Príncipe sem um tostão

Vou me sentando à beira do rio e mandando pedras ao rico que passa ao lado da minha casa...à espera que ele me possa mandar a mesma pedra de volta.
Arde som, aqui e no coração dela, arde esperança e desespero ...respira-se palavras e cometem-se loucuras.
O Sol nasceu..hoje e amanha também...

domingo, 17 de janeiro de 2010

Passadas...




(Pequeno clip filmado e editado por mim. Momentos aqui opassados em Londres. O contraste entre o belo e o feio, o movimento e a estatica, a Natureza e a Destruicao Urbana.)
 

(Peço desculpa a todos os meus leitores pela ausência mas quando não à internet não posso fazer nada.  Os textos que escrevi ate aora, seram aora publicados. os textos sao:

Vida vai..Vida vem...

Querido pai

Bau de memorias

Viajens a Chuva...

Equadores cruzados

Passadas..

Espero que leiam e que ostem e comentei todos os textos. A partir de dia 27 ja tenho net outra vez.
Portanto teram muito que ler. Protecção e Prosperidade para todos e obrigado pela compreensão.)


Vida vai...Vida vem...

Vidas vão, vidas vêem.
A lei mais Universal da vida e que ninguém pode fugir a ela. A Lei que não qualquer Ciência, Metafísica ou Filosofia que explique. A Lei que desde o Rico ao pobre, branco ao negro, o honesto e o ganancioso…Todos vamos de ter de obedecer a essa mesma Lei.
Somos tão desequilibrados na nossa vida que se pararmos um pouco para pensar, é rara a vez que damos graças por estarmos vivos e por termos olhos, boca, ouvidos, braços e sentimentos. Quando alguma coisa acontece ou alguém morre ficamos logo com um fim do mundo na nossa Vida, esquecendo que é a Lei Natural da Vida. Mesmo que a sua vida tenha sido tirada por outra pessoa…
É a Lei…
A semente foi plantada na Terra com uma missão. Por vezes nós curvamos a Vida numa esquina e quando olhamos para trás nem sabemos qual a nossa missão, mas o destino foi fazer essa mesma Vida e missão.
Quando pisamos a terra e a areia, tocamos na água do mar e cheiramos o ar puro que emerge do Universo, nunca pensamos que estas coisas possam acontecer, mas a realidade é que a terra que estamos a pisar pode ter sido cenário de guerra ou de alguém que está ali fisicamente transformado em terra. Pode ser macabro eu sei, mas só estou a tentar mostrar o lado positivo e o lado que mais lógica tem.
Da Terra vimos e da Terra nos vamos transformar…
Afinal nós somos Natureza, e com ela interagimos, por isso é que quando estamos num ambiente de Natureza Mística nos sentimos em Paz e Plenitude. Pois é Dela que vimos e é a Ela que vamos pertencer.
Suas cores e seus cheiros, seus frutos, seus animais e sons. O Próprio fogo devidamente controlado no meio da Natureza dá-nos uma Luz tão forte que só dá vontade de adormecer sobre pétalas de Girassol, soprar tornados no meio da poeira, tomar banhos de lama e transformarmo-nos em ar e ouvir ao pormenor todos os sons que Ela nos canta. Fazer parte da Natureza é algo que eu aprecio bastante. É o equilíbrio máximo, é a Vida no caminho certo.
Como a Lei que eu já falei em cima, a Natureza nasce, desenvolve-se, dá os seus frutos e em terra se transforma dando assim um novo espaço a seres vivos, alimento para plantas, novos sons e novas cores.
Vida que é bombeada em cada veia e artéria nossa. Vida mais rica que qualquer milímetro de Urânio ou Ouro. Vida com o som de dois beats do coração. Vida que nos dá a possibilidade de ir debaixo da água e aguentar muito tempo. Vida que nos permite quebrar metas a correr a alta velocidade. Vida que nos injecta adrenalina e nos permite fazer os supostos impossíveis. Vida que nos permite dançar ao som de sons igualmente compostos por nós. Vida que nos permite sentir quente e frio. Vida que permite que nós possamos beber chás de plantas cuidadosamente colhidas. Vida de Texturas e Linhas cruzadas como as cordas de uma “Kora”. Uma Vida que nos permite rir e dar frutos parecidos connosco.


Vida matematicamente impossível mas divinamente oferecida
(Um texto escrito em memória da maravilhosa mulher, Paulina Polonga. Morreu hoje (17-01-2010) ás 4 da manhã na África do Sul. Levou sempre um vida trabalhadora. Uma Vida de campo onde comia o que cultivava. Um sangue que também a mim me pertence. A Lei foi colocada e sua hora chegou. Escrevo isto de sorriso na cara e uma lágrima a bater à porta do olho direito.)
Descansa em Páz Avó Polonga

Querido pai...

Aquele olhar era-me familiar. Um olhar seco mas com muito para me dizer. Lágrimas dele nunca vira saírem. Um olhar que diz sempre
Estou velho e cansado…
Custa-me tanto a ouvir aquilo sair duns lábios negros e robustos encaixados numa cara de história e rugosa. Uma cara com cicatrizes da Vida e de trilhos com bons e maus momentos. Solto sempre uma risada para não chorar. Cada vez que a cara dele se desvia não consigo deixar de olhar para ele e tentar transformar-me num pequeno animal que caiba no seu ouvido de orelhas de pobre para ouvir o que ele está pensando e ecoando naquela cabeça de cabelo curto e bem pequena. È raro velo rir à gargalhada mas quando o faz, é algo indescritível. Para além de electrizar tudo o que está à sua volta consegue fazer-nos rir e nunca mais parar.

Homem de poucas palavras e de poucas confianças. Homem de mãos rasgadas pelo maravilhosamente infinito Tempo. Braços marcados pelos estilhaços das granadas rebentarem ao seu lado na guerra. Cabeça rasgada pelo serrote que o seu pai lhe dera quando era mais novo. Um sorriso de marfim e bem branco a contrastar com o seu tom de pele. Mas mais que isso tudo os seus passos na Vida fazem-me calar o meu despertador do meu relógio só para o apreciar.
Deixa-me estupefacto o seu focar de olhos em algo que a muitos passa despercebido. Ele consegue ver, descrever e daquilo criar mais uma porta para as suas ancestrais histórias. Aquele seu parar de mãos nos bolso e pés tortos a olhar para o que ainda não consigo ver. Mas o que me irrita mais é tentar saber o que ele pensa e não conseguir.
Sou um bocado dele e do seu sangue. Sou um fruto dele e sei que quando era pequeno ele me abriu o coração e me colocou um pouco do seu olhar, para quando chegar à altura certa eu ver o que ele vê.
A sua frase que mais me toca e mais me intriga e ao mesmo tempo mais me deixa de um ignorante sorriso na cara…
“Todos temos o nosso dia marcado. Ninguém pode escapar ao chamamento. Até lá temos que cavar até nos doer as costas. E quando doer…iremos cavar ainda mais.”
Pessoa esta trilhada e consumida por tanta coisa que não diz cá para fora…mas ao mesmo tempo só a nossa troca de silêncios faz-me tremer a minha pequena bomba de sangue e faz me arrepiar até ao mais pequeno pelo do corpo.
Não há longos discursos no seu diálogo e não existe a palavra desistência no seu vocabulário. Tenho tanta coisa às vezes para lhe dizer e para lhe contar, mas em vinte e um anos (in) felizmente nunca lhe conseguir dizer nada. Ao mesmo tempo ele nunca me fez pergunta alguma sobre a minha Vida. Mas quando dou mais um passo em frente na minha Vida ele é o primeiro a largar um tijolo e  um corrimão para se eu tiver quase a cair me puder agarrar.
Gostava que ele vise o que eu vejo. Mas ao mesmo tempo sinto por vezes atrás da minha orelha esquerda um toque dele simplesmente a dizer:
“Eu estou aqui a ver-te não te preocupes”


As suas idas e voltas na minha Vida já foram acostumadas pelos meus olhos à quatorze anos. Mas quando estou com ele vêem-me sempre as lágrimas aos olhos de não lhe conseguir falar o que sinto, pois a sua presença é tão grande e importante para mim que me reduzo a migalhas e apenas fico sentado a observá-lo. Pessoa sempre com as palavras certas e no momento certo para as colocar. Nunca disse que o amava e tenho medo de ele um dia partir sem lho dizer. Gosto de o apreciar a fazer os seus afazeres e igualar os gestos e movimentos. Os seus feitos encorajam-me cada vez mais na vida e a um dia dizer-lhe o quanto o amo e o admiro.
Apenas uma vez na vida o ouvi dizer:
“Querido filho, estou muito fraco…”
Foi com esta frase que ganhei coragem e larguei umas lágrimas para escrever isto. Nunca o vejo com os meus olhos de vinte e um anos mas sim com um olhar de menino que parou no tempo. No tempo de 6 anos e sempre o esperou em casa para ele me vire babar e arrancar a orelha e sujar-me de tinta fresca das obras. Agarra em mim e levar-me aos fins-de-semana para a quinta e debaixo da chuva cavar o solo molhado e duro para plantar as batatas, macieiras e pessegueiros.
Sei que ele nunca vai ler isto mas as palavras escondem-se e entranham-se entre os meus dentes com a sua presença.
O amor que ele partilha com o resto da família tira-me o medo de ser o Homem da casa um dia. Seus trabalhos tiram-me o medo de um dia poder estar atrapalhado na vida. Aquele seu abraço seco e ao mesmo tempo quente passa-me sempre uma pequena mensagem de Amor.
No fim disto tudo torna-se a mais infantil criança quando brinca com a minha irmã de 10 anos. Só da vontade de dar-lhe dois murros na cabeça pois ainda consegue ser pior que ela.
Querido Pai…

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Aqueles pássaros que eu vi...

Cantaram para mim
...Aqueles pássaros que eu vi...
Voaram e prosperaram no meu céu...onde tenho um Sol que brilha e à noite tenho as estrelas que quiser. Inventei uma coisa chamada Lua, para se equilibrar com o Sol..
O Sol faz a Lua brilhar, e a Lua ilumina o Sol de noite e o Mundo. Mundo este que vive em pedras de calçada e a harmonia com a Natureza quase que já acabou.
...Aqueles pássaros que eu vi...


Trouxeram-me alegria a uma chuva de sorrisos na minha cara. Mas...na noite em que isto se passara, eu estava deitado de barriga para cima com um jasmim ao meu lado. Um jasmim limpo e doce que me acariciava a minha barba desajeitada e mal cortada assim como os meus cabelos enrolados e misturados.
...Equilíbrio... 
Sem bem não há mau, sem doce não há amargo, sei feio, não há bonito, sem aberto não há fechado....
...Aqueles pássaros que eu vi...
Pousados na linha de fio eléctrico a aquecerem-se enquanto o Sol se escondia e dava lugar ao infinito céu azul.
Aí a lua agarrou em mim e no meu jasmim, e juntou-nos...numa noite de silêncio e palavras ao ouvido...pequenos risos e troca de sorrisos...o seu cheiro a perfume e as suas pedras de olho de tigre, as suas pétalas a planarem no meu corpo...
...quem disse que nunca tocou no Céu?...
Aqueles pássaros rasgando os ares enquanto eu me perdia no meu jasmim...eles riam-se de nós mas eu não liguei.
Procurei chegar ao Céu tantas vezes, mas infelizmente não tenho asas para voar. Mas quando realmente me apercebi...tinha um pequeno jasmim, enviado pelo céu ao meu lado. Sim...
O Meu Pedaço de Céu...
...Aqueles pássaros que eu vi...
A darem às asas e a rodopiarem pelos braços do vento, fugindo-lhe entre os dedos as suas penas...
Enquanto eu me perdia nas pétalas do jasmim, nos seus cheiros a terra, os pássaros voavam...
ri-me de não saber se estava no céu ou na terra...

Assustei-me quando algo aconteceu!
Quando os pássaros cantaram os seus assobios ecoados no espaço, as cores do meu pensamento e do momento mudaram...Amarelas e verdes terroso, vermelho e castanhos, azuis leves e dourados cheios de platina....eu e o jasmim caímos na desordem do Amor, um amor Único...eu fui pétala dela e ela um Céu onde me perdia...Voei na sua desordem de emoções e sensações de sabores entre a minha boca e as suas pétalas...
Aqueles pássaros que eu vi..que será que queriam?

O Meu Pedaço de Céu...

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Energias #2.0 Velas e mais Velas...


Olhei para trás...
Quero uma vela acesa, com o seu cheiro a cera intensa, quero ver ela a arder sem pestanejar o meu olhar, aquela sua cor amarel, laranja e vermelha intensa...aquele fogo que me queima...quero perder-me nos cheiros a incenso...quero estar sozinho e despedaçar a minha alma nas minhas loucuras...rachar a minha cabeça ao meio e sair deste Mundo...quero chorar até encher os Oceanos...
Quero gritar até ficar surdo...ver cores e tocar em pessoas..
Quero para no meio da multidão numa avenida apertada em hora de ponta...tocar e ser tocado por elas e cada toque ler os pensamentos de cada pessoa...sim ler os seus maiores desejos e viajar nos seus sonhos...
Quero Perfeição..e quando ela chegar querer ainda mais...
Mas mais que isto quero ser velho, feio, sábio e cheio de frio...
Ai de alguém que tenha pena de mim...dos meus cabelos longos e barba, meu cheiro a podre e meus dentes brancos...vai sentir o meu olhar pesado...
Quero...subir e quebrar Mundos de olhos fechados e sem mexer um dedo...
Respirar poças de ar...semear uvas de sabedoria...
Acender fogueiras e queimar passas de ódio...
Ódio que esta no mundo e a Inveja que nos faz matar Matar uns aos Outros...
Apetece-me Ouvir ecos....
escrever letras em papeis soltos e meter nas fogueiras....rasgar chãos e céus...fechar os olhos e pisar labaredas...
Quero incendiar os céus e arrepiar Universos...
Quero cores a preto e branco na minha cabeça...
Hoje quero chorar, congelar as lágrimas e larga-las no solo....
Quero que cresçam Sequóias ao em Meu redor....
velas, velas e muitas velas...ecos e fogo....
quero sorrisos..
Quero parar o tempo e invadir o Sol...raptar a Lua
Quero tremer os chãos...
Quero assustar-me comigo mesmo
Quero Meditar, respirar Energia e Fé, quero ser parte da Natureza...
Quero as cores castanhas e verdes Natureza em meu redor...Dourados secos e cores de âmbar...
Quero isto tudo mas não te quero ouvir...
Hoje Quero ser Eu, Deus e o Meu Mundo...envolvidos sem mais nada....
Quero chãos de folhas de jasmim e orquídeas...quero gastar o meu tempo...sim, O Meu Tempo a calcular as medidas para chegar ao Céu...
Quero agarrar terra e come-la e sopra-la...
Quero perder-me em lama e danças esquisitas...rodopiar e ecoar o meu grito entre as gigantes sequóias...
Quero ouvir Deus e transformam me na sua Rija e Forte mão...e que Ele faça de mim o que quiser...
Quero com esta vela...amar, perder-me naqueles beijos sem respirar, transpirar engolir em seco, fechar os olhos e no fim quero....
Vermelho, Saudade, Desejo...
Olhar frio e alma quente...abrir os braços e olhar para os céus até que uma aurora boreal me invada a cabeça..
Quero sentir isto tudo e não acordar
Quero...

(quando a energia é muita a luz das velas também....quando a Fé e a minha Meditação cai na desordem e me deixo consumir pelos incensos...)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Crónicas de um Viajado #3

Não sei que escreva, não sei que diga.um dia das melhores viagens que já tive. As pinhas passadas...
16h e 7 minutos...
16h e 8 minutos...
O meu banho e o meu leite de soja....
O meu sacudir das dreads o meu abraço à Sílvia..
Mais umas letras no meu caderno e frases inacabadas ao sabor do belo chocolate quente e bolachas de manteiga...sentado na margem do rio enquanto o céu gozava comigo e trocava as cores entre cinzento e azul...laranja e amarelo..enquanto o vento se metia comigo e virava me as paginas do caderno enquanto eu pensava no que escrever e bebia o chocolate quente. O Rasta que me cumprimentou e me abençoou...
As palavras da Vanessa da Mata e Don Carlos no meu ouvido.
Os três pássaros procurando onde pousar.
Eu a besta feia, escrevendo par anão sei quem..onde tinha um principio mas não sabia o fim...mas escrevia com felicidade...
O frio na ponta dos meus dedos fazia-me rir....
As contas matemáticas dos compassos musicais que tenho que estudar a serem efectuadas e a dar resultados de solos monstros e frases minhas que ao tocar ate me arrepio...o som e a mensagem trémula que sobressai das minhas mãos gordas e feias...
As palavras da minha consciência sempre a falar e as minhas palavras a Deus a agradecer este belo domingo, em que tudo parou para ser contemplado....
O meu respirar profundo..
O sorriso que mandava de vez em quando...
um sorriso escondido.

Aquela flor a porta da igreja que baloiçava com o forte vento e que parou no momento que passei para me dizer uma coisa ao ouvido...
este final de tarde que brincava entre sons de cidade com a calma do lado do rio.
 A preocupação das pessoas gastarem o minuto que vivem a pensar no minuto que vem...e depois do próximo minuto vir, pensam que deviam ter aproveitado o minuto que passou e passam o próximo minuto a chorar pelo minuto que passou.
Enquanto isso acontece eu chamo o calor e espiritualidade..para entrar em mim...
Em segundos já estou de boca serrada e a falar dentro da minha cabeça....músicas, letras odes...
A juntar a isto...as lembranças e saudades que me fazem cair uma lágrima de alegria sobre o caderno e me borra a escrita a lápis...
As Palavras e escritas "dela"...
Aquelas noites de silêncios e sorrisos...
Sou um individuo pensador...mas penso  penso e nada sei..
Escrevo, Componho, Toco....Crio e Riu
Vivo...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A Melodia do Macumbeiro...#1


Oh ninho, Oh ninho... meu querido ninho...
Venham venham cá visitar...
Venham ver os segredos, que escondo nos meus coqueiros...
A festa está pronta, vamos cá jantar!

Oh Macaco, não chateia Dona Maria...
Oh Macaco, o Leão vai-se chatear...
Tragam-me mangas doces e com seiva...
A festa está pronta, vamos lá dançar!

Tenho ervas, tenho muito incenso...
tenho peixe...ai ai ai que perdição...
Vamos sentar-nos à mesa
vamos comer todos em comunhão...

Desce Sol e traz a Lua...
Vem estrela convida Plutão
Á gua de Côcô foi servida...
Aqui ninguém morre à sede...não não não...

Dona Maria é a nossa cozinheira...
Não tragam moeda no bolso oh não não não...
Ela quer encher-nos a barriga...
Portem-se bem bem à mesa como Leão....

Vem, Vem...salta a fronteira...
Vem, Vem...pega o avião...
Óh burro anda que estou com pressa...
Hoje há festa no Monte Sião...

Vem Shaman, traz a tua sabedoria...
Olha quem lá vem, é o Dalai Lama...
Hoje a sobremesa vai ser banana...
se o Macaco não as comer...
vamos ter festa até ao amanhecer...
Hoje canto, hoje trago feitiço...
Hoje canto assim, meu céu azul...
Foge, rato foge, o gato vai te apanhar
Oh gato, olha o cão lá no canto a espreitar..
Hoje incenso vou por a queimar...
Um chá de ervas vamos todos beber...
Eu sei que um dia vou Morrer..
Eu sei que um dia vou Morrer....

Hoje sou Macumbeiro...
Amanha não visto roupa de Rei, oh não não...
Que foi hiena, estás com fome?
Teu sorriso não é confiado
Espera um bocado pela migalha que vai cair aí ao lado.

Vem os reis Magos, trazendo as suas especiarias
Vem os tambores...fazendo o seu barulhão...
Vem os Anjos ..ai que  coisa bonita...
Animem a minha casa, o Meu pequeno Reino...
Comida não falta vamos ser felizes...
Onde não há Mal mas sim só o Bem...
Rimos e choramos...oh que coisa rara...




Este é o meu ninho vem cá tocar...
Traz ervas, vamos todos Meditar...
Agradecer esta linda bênção...
Amanhã podemos não mais cá estar..




E lá vai ela linda com o seu véu branco..
como me encantas assim minha linda Deusa..
teus cabelos loiros que esvoaçam...
teu olhar doce que desgraça...
vem Deusa, vem dançar ao meu som...
Ao som da minha voz nesta canção...
Com o macaco a fazer das duas traquinices...
Daqui a um bocado que se passa vai ser o Leão...

Panela ao lume vamos lá sentar...
Quem se sentar aqui, não me pode abandonar...

Este é o Meu fado ..
esta é a minha cantiga..
outrora cantada na minha outra vida,,,
Onde eu era escravo, onde eu fui Rei...
Rei sem tostão, rei com amor no coração
Peguei meu vizinho peguei-te a ti e a ti...
trouxe-te e dei-te a salvação..
Hoje está Deus connosco...Não há que ter medo não....
Hoje está Deus connosco...Não há que ter medo não....


Oh Macaco Larga Dona Maria...
vamos rezar antes da refeição...
pode ser a última das nossas Vidas...
Se for...ao menos que não seja em vão.

"Para nao deixar margem de dúvidas, esta letra foi composta por Iúri Zúluri""

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O retrato....

E foi naquela linda noite que acordei. No meu altar estava as minhas três velas acesas onde tudo iluminavam. O silêncio lá fora fazia-se ouvir dentro do meu quarto, a flor da minha rua abanava ligeiramente com o beijo do vento, eu parecia um anão sobre todas as grandes sombras que pintavam o meu quarto com as velas. Levantei-me e fui à janela do quarto onde a rua apreciava, as luzes da bela cidade penduradas nas árvores do jardim. Fiquei por detrás da janela, para não respirar o frio que se fazia sentir. Atei o meu cabelo e coloquei as minhas mãos a segurar o queixo como a simples criança que fica à espera do Pai Natal...
Com o meu olhar viajei por todos os cantos daquela imagem que é raro ver, sem carros, barulho, pessoas...
de momento fui buscar o meu bloco e lápis de carvão. Encostei-me à janela e fechei os olhos, sem pensar em nada coloquei a ponta mal afiado do lápis no bloco, respirei bem fundo e deixei o meu corpo fluir...Em nada pensava eu, lembrava me apenas de coisas boas, as minhas amizades, os meus risos, as minhas composições musicais na cabeça, que estão a toda a hora a serem reproduzidas, abraços, beijos, amigos, família, Deus, Sol, Fogo, Terra, Água, Ar, palavras, lágrimas, energias, Paz....
e foi  ai que algo fez a minha mão andar...segurei firme o lápis e não o larguei...fiquei assustado mas deixei-me ir...sentia a folha de papel a chamar-me, sentia o carvão a derreter-se sobre a folha pautada...por dentro senti um calor dos pés ás mãos e fugi...sim, deixei de sentir o meu corpo e só sentia um formigueiro na minha mão direita...
Passados alguns minutos...o formigueiro passou e abri os olhos lentamente.
Não queria acreditar, um retrato!!!
Viajei dentro daquele retrato, entreguei-me, rendi-me a tal imagem.
Os cabelos loiros e despenteados eram maravilhosamente ricos de traços cinza e negros...fixei-me tanto no retrato que sentia o cheiro de orquídeas no seu cabelo, o seu toque nas pontas dos meus indicadores...cabelos suaves e leves, como a pequena pena do colibri, deslumbrante e atractivo como os infinitos campos de seara de trigo dos camponeses....
Criei um rosto que infinitamente seria incapaz de apagar ou de o substituir pelo retrato de formas geométricas que é construído os nosso Universo. Suas sobrancelhas, tinham uma textura do pêssego no verão, liso leve...
Cara redonda e retocada com traços mais fortes sobre as linhas de rascunho...
Sorriso? Não, não existia sorriso neste desenho, havia sim uma flor branca na sua boca, uma flor sem maldade, viva, forte, com as suas pétalas bem retocadas de brilho.
Aquele olhar era um terramoto. Longo e sem fim, onde eu quanto mais me aproximava do desenho mais me perdia naquele olhar. Um olhar com sabor a desejo e perdição, arredondado por um traço negro pestanas longas. Eram duas autênticas pedras de âmbar que estavam ali...retocados de ouro e vivos ao sabor das minhas velas que inspiravam o meu desejo...
Os lábios foi o maior pormenor que consegui obter...eu quando me foquei neles senti-os a tocar em mim...
"apaixonado por um desenho?"
Pendurei-me no olhar da diva, perdi-me na sua maravilhosa beleza e simplicidade, cores de Júpiter, cheiros de searas, uma obra da minha imaginação que passei para realidade...
trouxe o desenho para uma secretária e dei-lhe vida...um incenso com cheiro a ancestrais de inspiração, uma pétala de flor, conchas e velas...folhas secas do Outono e um pouco de Mel...Pedras dos cantos do mundo e deixei o desenho a fermentar...
Dois passos atrás...e voltei a contemplar...
"...sim apaixonado..."
Dava-me vontade de esculpir o desenho com as minhas mãos no barro da minha rua nos dias de chuva...juntar-lhe areia para solidificar...dar-lhe as formas...torná-lo real.
Deitei-me e acabei o resto do desenho na minha imaginação
"um retrato a chamar-me para ele..perder-me naqueles braços...o meu coração muito tonto...as minha barriga a voar, o meu olhar a enrolar-se sobre ela. O que poderá ser este desenho?"
No dia seguinte...perdi-me na realidade sobre um ser feminino...
calça de senhora, sapato preto, camisola negra larga e um corpo de diva....perdi-me num beijo que nem eu sabia de onde vinha..o meu primeiro beijo onde eu de olhos fechados via cores e sentia o meu corpo numa guerra e mistura de temperaturas, quando olhei para o ser o tempo parou....
Não magoaria este milagre por nada, não mudava os cheiros nem os toques por nada...apenas pedia para o tempo parar para continuar a história e dar ainda mais vida a este retrato...


"era a menina do retrato..."

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Crónicas de um Viajado #2

Pelas margens do rio mais uma vez me aventurei....
Limpei a cabeça e as lágrimas da manhã...a roupa, mochila e música agasalharam-me e fiz me à estrada....
Saí de casa tão devagarinho e solene , que o Mundo não me ouviu...nem cantei para não incomodar ninguém, meu andar era tão lento que fazia cocegas ao vento mas ele nem sabia quem era...
Viajei a observar tudo como se fosse a primeira vez que viera ao mundo...
Pela primeira vez olhei os pormenores todos, olhei o que ao olhar de muitos é invisível...
Ao olhar para eles tornei-os numa dimensão tal que 
arrepiava-me a cada segundo com o que via...
Cada respirar de cada pessoa e 

"passo a passo"

 vi aquela folha castanha e perfeita a flutuar no rio que corria para Sul, folha aquela que vagueou sempre ao meu lado desde o inicio ate ao final do canal do rio...
Eu vi no meio de um jardim uma flor que se ria para mim...com as pétalas todas abertas...flor branca com o fundo amarelo leve...linda...
Levemente fui passando pelo mais infinito movimento que o Universo conspirava, passei tão levemente que ele nem me encontrou, eu apenas observei...
Apreciei aquelas quatro Senhoras cheias de glamour, com as suas saias curtas, meias pretas e vermelhas, suas malas chiques seus gorros elegantes, fumando os seus cigarros e rindo se das conversas da noite passada...
Apreciei a pequena menina de capacete e bicicleta cor de rosa, a andar bem desequilibrada mas com um sorriso lindo...cheia de confiança na vida, por mais incerta que estivesse, sabia que estava ali alguém (pais), para a apoiarem, inocente e verdadeira...


"A minha musica estava tão profunda e tão alta na minha cabeça que me fazia flutuar...nesta viagem o Mundo parou para observar...o que eu estava a sentir era a típica Orientação Perfeita..."

O olhar daquele pato para mim, parecia que me estava a cumprimentar...

Aquele senhor do barco castanho e amarelo que flutuava no pequeno rio, que ia cumprimentado as pessoas. Um senhor bem magrinho e velhinho mas com um sorriso de jovem...

Aquela folha de outono que caiu à minha frente...

"...bem eu estou tão leve que ninguém dá conta de mim..."
Aquele chá de camomila sem açúcar que bebi, acompanhado daquela metade de sandes de pão de sementes com queijo derretido, salada e oregãos, pintou me a boca de sabor e encheu-me o corpo de força...

O som das campainhas das bicicletas dos ciclistas que passavam, afastava a multidão e faziam com que os milhares de pombos do passeio se levantassem e transformassem o céu num padrão móvel de asas...

Os olhares e sorrisos das pessoas que por mim se cruzavam eram lindos e ao juntar a esta tela,  o óptimo tempo que estava...
O pequeno barco encostado à margem fazia de café para o povo...a hora do chá...
Via-se as senhoras cheias de elegância sentadas a apreciar aquela hora clássica...

Sentei-me à beira do rio e desapareci...os meus olhos não se moviam...fixavam aquela pequena ilha que estava no meio do lago, com dois chorões enormes e montes de pássaros e flores....fixei o olhar e vidrei!

A junção da minha música, com aquelas pessoas a passarem à minha frente, os seus sorrisos, o chão coberto de folhas, o rio profundo, os dois chorões, os pássaros e a saborear a minha pobre refeição tornaram-me naquele momento o rapaz mais feliz do Mundo. Lembro me desviar o olhar der repente e esta um senhor, idoso a olhar para mim...lançou um sorriso honesto..parece que tinha lido a minha mente naquele momento.
Apreciei o pedaço de pão que uma criança atirou para os pombos e veio parar a mim...e o pombo sem medo, veio comer como se nada fosse, mesmo aos meus pés ...
O tempo passava...e eu ali estava, até que uma rajada de vento me abanou do lado direito e eu com ela me levantei e com ela fui...
Apreciei a senhora que lia o livro no seu banco, num muro por cima de mim, lia...



Uma criança filho de um casal negro, que me fez lembrar a mim mesmo quando era puto, tinha um ar de feliz e sempre contente...os pais com pressa a andar e a criança queria olhar para o céu e ver os pássaros...
O avião que passava...
As cores explosivas do Sol que se começava a por por detrás dos prédios...

A parede de fora de uma casa, que era coberta de uma trepadeira enorme como eu nunca tinha visto...
O meu mágico chocolate quente que me aquecia a alma quando o tempo já puxava o frio...
Para acabar, aquela senhora que me pediu ajuda para atravessar a passadeira e que eu a levei ao restaurante para jantar....

sábado, 7 de novembro de 2009

A minha viajem no barco de papel...Capítulo III (Fim)

Viajando calmo e pleno num mar desconhecido, la ia eu na minha viajem sem destino. Não muito longe, cerca de uns 100 metros, avistei algo. Parecia, de longe um pano branco a boiar, mas ao aproximar-me nem queria acreditar.
"Uma Rapariga!"
Falei eu para mim mesmo! Balancei o barco com força para a frente e para trás para chegar lá mais rápido.
Agarrei-a e puxei-a para dentro do barco. era de facto uma rapariga com cerca de 22 anos de idade. Sem reparar nela nem, fui logo ver a respiração e ela respirara. Estava molhada e branca. Destapei a sua cara dos cabelos longos e fiquei paralisado.
"Linda"
Tinha umas pestanas perfeitas, seu tom de mel era moreno e suave suas pestanas escuras e grandes, seus olhos grandes. seu nariz era bicudo e bem cómico, sua face era redonda e alongada no queixo, sua boca era algo de maravilhoso...lábios apetecíveis, vermelhos e com um toque brilhante. Seus cabelos eram escuros e esguios ate um pouco mais abaixo que os ombros. As suas mãos eram de princesa assim como os pés. para finalizar, o seu corpo...digno de uma Deusa.
tirei o meu casaco e coloquei em cima dela e fiquei a apreciar esta diva adormecida.
Longas horas navegamos e ela sempre a dormir. No percurso, encontrei uma praia deserta onde os ventos meus amigos me levaram até lá. encostei e puxei o barco e pequei na diva ao colo e trouxe-a para terra. Levei-a para uma sombra pois fazia calor. Havia muitas árvores de fruto, e animais exóticos, (por momentos até pensei que fosse a ilha anterior em que tinha estado).
Colhi frutos que dessem sumo e trouxe até ela. Quando cheguei ao pé dela sentei-me e sorri a olha para ela e reparei na pequena flor que ela tinha na orelha esquerda...uma orquídea branca linda. Estiquei a mão para ajeita a flor e a rapariga começou a mexer-se, eu recolhi logo a mão e fiquei atrapalhado. Ela abriu os olhos e muito calmamente olhou para mim

"Olá"


Eu, respondi também com um simples "Olá", meio tímido.
Ela sorriu, levantou-se sentou-se ao meu lado e disse-me:
"Estava à tua espera!"
Eu, nem sabia o que havia de responder.
"Eu sei que parece estranho mas estava à tua espera. Sabia que me vinhas salvar."
No meio disto tudo a minha boca não consegui soltar uma única palavra, estava completamente paralisado a olhar para ela, e a saborear aquele tom de voz doce e suave no meu ouvido. Nem queria acreditar.
Ela foi falando de si...onde nasceu, onde cresceu, o qeu lhe tinha acontecido o porquê de estar a boiar no meio do Oceano, o porquê de sabes que eu é que a ia salvar. Pelo que eu entendi, ela já tinha sonhado comigo e quando arranjou uma oportunidade, foi direita ao mar.
Eu já não me considerava muito normal da minha cabeça, mas esta miúda era pior.
Ficamos a noite toda a falar e lá fui começando a soltar palavras e risos com ela...mas algo me pertubava, eu devia estar preocupado com a realidade de ela não se ter afogado, ou de como é qeu era possível ela saber qeu eu é que a ia resgatar, ou de...não conseguia nem queria saber..a sua beleza ultrapassava o mundo da física, focava-me naquele corpo e cara, encontrava um promenor a cada segundo que olhava para ela, descobria uma nova harmonia na voz dela, seguoa o seu pestanejar a cada milésimo de segundo, por momentos pensava que ela se tivesse a senntir constrangida, mas não, não lhe fazia a mínima diferença eu estar assim tão focado nela....ela falava e falava e eu soltava um sorriso cada vez maior..era incontrolável.
A noite foi-se pondo e o frio foi chegando. Levantei-me e fui buscar mais fruta para nós e umas folhas de palmeira para nos aquece...quando cheguei, não me perguntem como mas tinha lá uma fogueira feita por ela bem quente e aconchegadora...eu queria pensar como é que ela fez a fogueira , mas não consegui...
Sentei me ao lado dela e ri-me...ela do nada, começou a soltar uma cantiga, e foi-se levantando devagar e bailando...eu nem queria acreditar...quis escrever a cantiga dela no meu último pedaço de folha mas não consegui acompanhar e já queria saber...em frente à fogueira ela dançou...dançou como se mais ninguém ali estivesse...e eu sentado a apreciar sem nada a dizer...meus olhos fintavam os dela e por entre as labaredas ela olhava para mim...algo na minha barriga começou a dar asas..parece qeu tinha borboletas, senti um calafrio  cá dentro mas deixei-me estar...ela dançava e ia puxando o vestido para cima como uma princesa...rodopiava e eu ia-lhe olhando para as pernas...
Ela começou a aproximar-se de mim..e o meu coração automaticamente disparou...agarrou-me e puxou-me para cima. meteu os seus braços por cima dos meus ombros e juntou o nariz com o meu, desenhou um sorriso na cara dela e na minha enquanto eu lhe agarrava cintura...a sua dança acalmou e ficámos apenas a balançar enquanto a fogueira nos aqueci. O balanço foi se tornando menos e quando dei por mim ela já estava com os lábios dela colados aos meus. Eu não disse que não mas o calafrio e as supostas borboletas na minha barriga tinham desaparecido e a segurança tinha-se assim instalado em mim...um beijo doce e longo foi o que nos estava a ligar...nossas línguas suavemente se encontravam e se conheciam...nossas mãos começaram a percorrer os corpos um do outro e o quente que nós sntimso já não era definitivamente da fogueira, mas sim dos nossos corpos. Seu vestido era de alças de atar nos ombros, desatei e o vestido caiu...
suas mãos depiram-me e tocaram-me ...deitámonos e a areia não nos fazia confusão...eu já não queria saber de nada...estava fora de mim e sem noção qualquer do tempo e espaço...amor quente fizemos ali junto a fogueira, não sei se foram minutos, ou horas qeu ali estivemos...mas que foi maravilhoso foi...soltamos um orgasmos ao mesmo tempo e adormecemo os dois agarrados.
Ela adormecera primeiro que eu e eu só me lembro de estar a olhar para o seu ar de consolada e sorriso colado na cara e ...adormeci.
Acordei de manhã e não queria acreditar
"O que é que eu estou aqui a fazer?"
Estava na praia onde supostamente tinha embarcado...levantei-me e olhei para os lados...estav tudo normal...nem quis acreditar.
Quando olhei para trás estava algo no sítio onde esta a minha cabeça encostada...
"O vestido branco? A orquidea? Um barco de Papel? Uma mensagem?"
Estava a ficar louco decerteza.
O vestido estava molhado, e tinha o mesmo cheiro que eu sentira quando estava com a rapariga; a orquídea era a mesma, branca e linda e mandava um aroma muito leve, o pequeno barco de papel fora aquele que eu tinha feito, cheio de mensagens e com a minha caneta lá dentro e ....a mensagem


"Caro marinheiro

Voar, foi sempre o que o homem quis...riqueza foi sempre o que o homem quis, Conquistar e destruir..o homem fez...Trair e Mentir fez parte do coração dos homens!
Mas Tu meu Marinheiro...És O Homem...O Homem que semeou a sua cultura e fantasia, O Homem que Lutou e Conquistou a sua presença, O Homem que semeou...sim semeou letras e cultivou palavras...O Homem que transformou as palavras em remos e velas e alimento para o seu barco e viagem sem destino...
O Homem que não quis moedas quis Verdade..O Homem que não quis Guerra....quis navegar...O Homem que se orgulha de ter chorado...O Homem...
Que me acordou do pesadelo de me estar a afogar e carinho e amor me soube dar.
o Homem que me soube dar a atenção e me conquistou com o seu olhar...me conquistou com o seu Amor e verdade.
O meu pesadelo já foi...resta-te agora acordar e seguir os teus sonhos...Meu Marinheiro...um dia vamos encontrar-nos.
Meu marinheiro nunca te esqueças ...
sonhar acordado é viver os sonhos
Da tua querida
Diva, aquela que acordaste do pesadelo"
Calado e sorridente me levantei...dei um ultimo olhar na praia e fui para casa
"Filho onde é que andaste até agora? dormiste em casa?"
"Desculpa mãe fui passear ontem à praia e adormeci lá"

Fim

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A minha viajem no barco de papel...Capítulo II


E foi com o vento que eu acordei naquela manhã.
Um vento forte e frio, um vento de más notícias, um vento zangado.
agarrei me fortemente ao meu barquinho de papel e fechei os olhos...a força era tanta que nem via o que se passava à minha volta.
O medo estava instalado em mim, o desespero...
Com o vento, o mar revoltou-se...eram duas das quatro forças da Natureza em comunhão. Duas das quatro forças da Natureza que eu outrora escrevi lindas Odes e que de tanto falei...a virarem-se uma contra a outra...o som das duas era algo jamais descrito, algo sem palavras..o roncar do Vento contra o Mar era algo irreal.
Jamais pensaria em sobreviver àquele pesadelo até dar à costa de uma enorme ilha. Uma ilha que à primeira vista estava desabitada. Tinha verde das árvores, o castanho da areia, o preto da rocha, o azul do céu.
Era um autêntico paraíso. Puxei o barco para dentro da ilha e guardei-o ao pé de duas palmeiras que lá estavam ao pé.
Senti-me convidado a entrar e a explorar esta maravilhosa paisagem...
Pássaros, animais exóticos, assobios, enormes árvores, flores, fruta, era tudo belo e explendido.
Fui caminhando, caminhando até que chego ao topo de um vale e olho para baixo e vejo...
sete rios divergindo de um só grande rio vindo dum cume de uma montanha que nem eu vira bem...
A paisagem era linda...mas algo naquele cume me chamara a atenção. Estava repleto de nevoeiro e á gua a vir de lá era algo digno de se ver...Caminhei...
Não sei ao certo o tempo que levei até lá mas deu tempo para me inspirar em todas aquelas cores, apreciar o sabor de todas aquelas frutas...o barulho das minhas passadas, o raspar das folhas umas com as outras...tudo era digno de se ver...
De repente, vira um caminho, um caminho feito por alguém...
"Não estou sozinho nesta ilha"
Foi o que disse para mim, mas segui caminho por montanha acima...
Á medida que ia subindo a cor ia-se perdendo, o som ia-se dispersando, o verde deixara de aparecer, apenas rocha e mais rocha era o que se via. O caudal do rio à medida que ia subindo ia focando cada vez mais pequeno...
"estranho"
Pensei eu...quando cheguei ao topo, deparo-me com esta visão...


Uma rapariga com os seus 20 anos, sentada, com apenas uma pequena vestimenta de tecido a tapar o peito e as pernas. cabelo despenteada, branca, triste e suas lágrimas eram tantas qeu provocaram tal rio qu eeu vira pela ilha...
Por instantes pensava que estava a sonhar...mas não...era mesmo algo muito frio e triste que estava à minha frente. Ela não deu por eu chegar, mas eu também não tive pressas...fiquei mais uns segundos a observar...
Dei uns passos para a frente e sem ela dar por nada sentei-me ao lado dela...
ela agarrou-me no braço e olhou-me nos olhos....o arrepio e o susto foram tantos...que parei de respirar...eu vi arrependimento, eu vi pecado, eu vi inveja naquele olhar, castigo, secura, a energia foi tanta que eu comecei a verter lágrimas com ela, juntando as minhas aquele rio que por naquela ilha passava.
Ao tocar-me eu senti o que ela estava a pensar...parece que ela me transmitira a sua história...na minha mente eu ovira a voz dela dizendo:

"É o meu castigo! Eu sempre gostei muito da minha irmã éramos as duas como unha e carne. Mas não sei porque os animais gostavam mais dela do que de mim, todos os navegadores que passaram por aqui gostavam mais dela do que de mim, as cartas que chegavam em garrafas eram a a rapariga loira e não para a morena, a sua agricultura dava sempre alimento e a minha não. Porquê?
Disse um dia para ela que estava doente, e que precisava de uma pétala de flor que estava no outro lado da ilha numa gruta. eu sabia que essa gruta todos os que lá entravam nunca mais saiam...por isso é que a mandei lá. Passado sete dias e sete noites ela nunca mais aparecera. Era assim eu, a mais bonita da ilha, iria ter todos os privilégios que ela teve, os namorados, as flores, o alimento...até que
Deus um dia perguntou-me:
Onde está a tua irmã? e eu respondi que não sabia!
voltou a questionar-me
Onde está a tua irmã?
De repente um vazio me envenenou o sangue...meu coração parou..e Deus disse:

"O resultado da multiplicação de sete vezes a idade da tua irmã será o número de dias que ficarás aqui nesta ilha a chorar. Tuas lágrimas serão a água dos animais e o alimento das plantas. Serás o alimento dos campos que a tua irmã plantou e os teus iram morrer. Serás a Vida desta ilha até o teu castigo acabar, e quando acabar a ilha desaparecerá contigo."

Depois de ter ouvido o ecoar desta historia na minha cabeça...fiquei sem gota de sangue no meu corpo, naquele momento nem o meu nome sabia...naquele momento nada senti.
Levantei-me suavemente e comecei a andar para trás...desci a montanha..já se fazia noite...não me lembro sequer de pestanejar até chegar ao barco, não me lembro de respirar. Antes de entrar no barco, agarrei numa pequena garrafa vazia que estava na areia e levei-a comigo..entrei no barco e segui rumo ao meu incógnito destino...no caminho, agarrei no lápis e na garrafa e lancei ao mar a seguinte mensagem:

"O Mundo foi feito para ser partilhado. Partilhar o Amor e Carinho. Posso dizer que somos todos pequenos milagres de que Deus, pequenas peças de puzzle da Natureza em que estando todos em sintonia somos assim um MILAGRE DE DEUS. A verdade é que toda a guerra e conflitos de hoje em dia está gerada apenas pela inveja que o Homem. A inveja que o Homem tem uns pelos outros, a competitividade...se eu disser que todos os problemas que há no Mundo são gerados pelo Amor, não estou a mentir. São gerados pela inveja que as pessoas tem ao verem Amor num lado e no lado nelas não. O Amor tem de ser criado, cultivado, desde o simples sorriso de manhã até ao nossos Pai e Mãe...
O Amor é o caminho mais certo da vida...só é pena alguns seguirem o caminho errado"


E segui a minha viajem...
(continua)

domingo, 1 de novembro de 2009

Aquele Ser bonito que outrora toquei...




Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
Quando dou conta, estou a olhar em redor à espera de um sinal ...
Sei que não o vejo mas que está a pensar em mim!
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
Sei que acordo sem Ele..mas sei que ele está lá.
é tão bonito que nem tenho palavras para o descrever...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
tento imaginá-lo, criá-lo, rescontrui-lo com o barro do chão e a areia e argila da praia para ficar a contemplá-lo
tento dar-lhe as feições e os contornes que outrora passei as mão e desenhei...
mas...
é bonito e é tão pormenorizado que não consigo esculpir...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
agarro em tintas...
numa tela gigante começo com os castanhos
doirado do cabelo, core de mel os olhos...
morena a pele...cor doce para os lábios..
as cores escuras para dar as sombras e relevos...
vou para os contornos do corpo e paro!!!
Não consigo ...é lindo demais para eu tentar fazer esse ser assim...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
vou ao final de tarde para o meu pequeno campo de trigo meditar e apreciar o laranja do ppor do sol...


quando o Sol toca o horizonte algo acontece...
vejo-a...
deitada sobre lindos gira-sois com uma veste branca...como se nada mais existira em seu redor...
linda e cheia de tranquilidade ela dormia...
aproximei-me e era mesmo ela..mas estava tão sossegada que nem tive coragem de a acordar!
Á medida que o Sol se ia pondo ela ia-se encolhendo com o frio..e aí eu juntei me a ela para a aconchegar...
Derrepente quando olho para os meus braços ...vazios...apenas ilusão...
distante ela estava e eu não lhe podia tocar..sentia-a de uma forma estranha..eu sentia-a pesada, triste sozinha..mas..eu sentia-a...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
imaginei tanto...aqueles lábios tão doces de se beijar, aquele cabelo..uma perdição..parecia pequenos fios de ceda que ao tocarem na minha cara...meu corpo arrepiava-se...
Um ser que descrevo com o pormenor de até as grandes pestanas me sabia apreciar...em cada segundo via um novo pormenor...
mas..estava longe...
aquele ser que lhe disse as doces poesias de imrpoviso, as pequenas entrgas de prendas de momento como o Sol, uma Lua, um beijo a meio duma frase..etc.
Os jogos de olhares a pedirem sedução...
os pequenos sussuros ao ouvido..
as conversas de Deus que nos coloriam o espírito e a cabeça...
naquele dia pensei tanto nele...sentia-o tão distante, triste, sozinho...
se ao menos esse Ser pudesse sentir os meus pensamentos..poder-lhe dar um abraço infinito, perder-me nos beijos longos e açucarados, olhar nos olhos e perder a noção de espaço e tempo...agarra-lo como se fosse um pedaço meu que não poderia deixar cair....
Se ao menos podesse desejar estar com ela esta noite apenas par a ver...se....

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

...


E se fossemos rodeados destas pequenas paisagens todos os dias?
humm..tão bom.
O que terá a borboleta a pensar?

Pedrinha..

Com tanta pedrinha que vou juntar
vou fazer um Castelo para nós todos morar