Ora hoje são...

Este blog possui atualmente:
Comentários em Artigos!
Widget UsuárioCompulsivo

Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Meu Segredo...

Hoje foi noite fria. Uma noite onde tudo era indiscutivelmente grande e sensível. Aqueles passos frescos com um rasto de violeta e castanho eram leves e sem destino. Tive medo e receio. Hoje foi noite onde eu dei tudo. Que será das pedras de calçada que eu destruí com os meus passos anónimos? Quis dizer tanta coisa ás estátuas que murmuravam na rua, aos muros que me faziam curvar nas esquinas porcas e sujas de tintas.
Andei sem maldade e sem raiva…mas o medo era muito.

Ao longe via ruínas e um banco que chamara pelo meu aconchego. O meu murmurinho de acordes e harmonias era a única coisa que se ouvia naquele espaço. A água do lago era o céu reflectido e que iluminava aquele espaço onde era espaço das minhas mágoas e lágrimas. Desejei ter aqueles azulejos todos para poder construir o meu cubículo e desejar que o céu seja para sempre o meu tecto e o chão a minha cama.
Pedi a Deus…

As minhas mãos inchadas e calejadas pareciam que ardiam de tão quente que estavam. A minha cabeça estava quase a rebentar. Tudo me passou pela cabeça, tudo era lindo e cheio se inocência. Só eu e o meu murmurinho de palavras de perdão e agradecimento é que parecíamos estar ali a mais.
Agradecia Deus…
Então fez-se o Silêncio…tive saudade e vontade de apertar algo.
O banco onde estará sentado estava bastante aconchegado assim como eu. Falei, murmurei e chorei, e a única resposta que tive era a arrepios e os sons da água a correr por entre as ruínas.
Queria ali tudo…queria o meu pai, todos aqueles que nunca mais falei, todos aqueles que já morreram, todos aqueles que me amam, todos aqueles que eu amo. Queria músicos a cantar comigo e pessoas a dançar. Queria abraçar e destruir ao mesmo tempo. Queria partir a ampulheta à qual chamamos tempo. Queria ser sementes no vento e voar com ele…ser plantado na mais árida planície e esperar por água para poder germinar…
***
As letras espalharam-se no meu monitor entre uma música, uma vela e um incenso.
A noite foi a única “pessoa” que me abraçou e que foi especial para mim.
Este foi o nosso segredo…
Obrigado meu Deus…

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Chão grisalho...

Percorri um grisalho chão de folhas secas, entre cores de árvores e muros floridos. Foi uma espiral e uma confusão de sentimentos sobre tal realismo autista de toda a minha cabeça que sobre os meus olhos só havia chão e brita castanha e seca. No fim do caminho nada via nada havia, mas só o simples passear naquele espaço fazia do meu caminho uma felicidade cheia como toda a água do oceano. Foi lindo os sons que ouvi que ecoavam na minha cabeça. Sons surdos e coloridos. Não andei mas sim levitei. Quis e não quis.
O caminho era a felicidade, e no final desse mesmo caminho, apenas uma curva...

domingo, 2 de maio de 2010

Um dia...

Um dia atirei uma pedra para o céu e nunca mais voltou. Um dia caiu-me o Sol e fui Feliz Rei sem coroa