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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Time and Time again...#1

Tempo de puder esperar tempo de ir e voltar.
Tempo para nada tempo para tudo..
Tempo chuvoso tempo de Sol...
Grandiosamente foi provado que o tempo é relativo...sinceramente estas ciências ultrapassam a minha capacidade e os meus quase nulos conhecimentos. Mas sinto tempo.
Observo no meu relógio de pulso que não tenho, o olhar das pessoas para o tempo que elas não vêem. tempo de fugir e de não dar tempo para as coisas acontecer. Há tempo para desistir mas não há tempo para elas lutarem.
Afinal qual é o valor do tempo. Se há tempo para umas coisas, porque não há para outras?
Se podemos parar para olhar para aquilo que fizemos de errado e concertar, porque continuamos a fugir do tempo e dizer ao próximo ponteiro do relógio que não houve tempo para fazer aquilo que queríamos?
Com tempo vou escrevendo este texto ao sabor do meu chocolate quente...
Ups..o meu relógio estragou-se...o tempo parou e agora não tenho tempo para arranjar o relógio e o tempo lá fora esta mau para ir arranjar o relógio. Nunca há tempo...NÃO!?
Há tempo...variado e constante, sobre formas matemáticas, e números irracionais. Três ponteiros e números queriam o que para muitos é uma prisão. Vive sobre um tic tac...e saber que têm uma incógnita de tic tacs para cumprir o seu dever.
O tempo está lá....entre cada tic tac...podemos fazer o que nos entender de forma ordenada....
A Música, a mãe de todas as minhas inspirações...
funciona entre tempos...um principio e um fim....
mas o segredo é saber aproveitar os tempos e encher conforme o meu estado de espírito...saber que enquanto um Músico entre o tempo 1 e 4 faz um coisa e eu saber que posso fazer mais, é uma percepção do qual eu me sinto orgulhoso de ter.
Bebo mais um bocado de chocolate  quente enquanto o tempo passa....as letras saltam-me entro os dedos do teclado para o ecrã em forma de palavras que são regidas pelo meu consciente.
Dizem que o tempo nunca chega....eu não sei mas quanto a mim eu vejo o tempo todos os dias...em forma de vento, sol, chuva, dia, noite, frio, quente...
uns correm atrás do tempo e outros andam à sua frente....
Saber parar para escutar o tempo..hum..parece-me bem...
ouvir só o tic tac?! Não...ouvir o que ele nos diz na verdade...tempo de fazer o que nos vai na cabeça....sentir cada grão de areia a cair do relógio de areia...
limitar o nosso próprio tempo..um erro crucial..que todos nós temos a mania de fazer...pois queremos tudo de uma vez e já nos esquecemos que o tempo é contado não a partir do dia mas sim da Meia noite....
Querer tudo de uma vez e esquecer-mo-nos que tudo leva tempo.
Tempo é o Mestre


Ele ensina...e dá-nos as grandes chapadas dos erros que cometemos ao longo das nossas vidas.
Mas qual tempo?
O tempo....
O tempo pelo que nos deixamos controlar pelo egoísmo de não dar-mos tempo ao tempo para que ele possa curar aquilo que estragamos.
Tempo de querermos crescer depressa e nem apreciarmos o Sol que sobe e desce todos os dias.
Não damos valor ao tempo que a pequena árvore demorou a crescer...
O tempo que aquele beijo possa ter demorado...
para mim aquele beijo é uma eternidade...para outros pode ser uns meros e escassos segundos.
O tempo de pensar em coisas entre a minha inspiração e expiração é tanto que por vezes afogo-me dentro dos meus pensamentos e esqueço me de respirar o ar que me vai dar mais tempo de vida. O ar que é a minha droga e que sem ela eu morro..mas é engraçado que é com ele que como passar do tempo vou morrer.
As minhas mãos no teclado escrevem com a calma e serenidade que é preciso e dou um pequeno espaço a minha cabeça para que o tempo arrume as minhas ideias e me sopre a próxima letra para completar a fase.
Onde é que gastar tempo para realizar os nossos sonhos é uma falta de tempo?
Porque gastar tempo a desistir se posso gastar o mesmo tempo a esperar....
Esperar é perca de tempo?
Bem...custa esperar mas não é perca e tempo, pois ele tem o seu timming...não foge.

Tempo
Tempo para ter um orgasmo....rodopiar e destruir tudo à minha volta....rasgar a minha cara com um sorriso e rodopiar sem cair no chão...
Ouvir ecos na minha cabeça....juntos com uma melodia de baixo...
Viajar sem fim..onde o tempo não existe.....onde posso acelerar quando e como eu quiser....
o tempo de crescer e de espalhar a sabedoria e a música...
tempo de queimar...
tempo de puder gritar quando quiser sem que os três ponteiros me prendam...
Gastar horas a olhar para aquela menina loira que me completa a alma e que com os seus cabelos me faz cocegas no rosto...
tempo de agarrar a minha irmã e dizer o quanto a amo.
tempo de não olhar para o relógio e fazer o meu tempo...
Tempo de olhar para os céus e sentir as lágrimas a correrem me o rosto enquanto ando aos saltos.
Tempo de parar e ver o tempo a passar à minha frente e eu dar-lhe palmadas nas costas e dizer-lhe que não tenho tempo para o seguir...porque agora estou à beira do rio com este tempo maravilhoso e a contemplar o meu chocolate quente.
Ter o meu tempo de me sentar no banco do parque e envelhecer rico de energia e feliz...Olhar para trás e ver as amrcas que deixei no tempo e as rasteiras que ele me pegou.
Ter o meu tempo para ser o que uma nação não consegui ser...Livre e viver em Paz.
Não vendo tempo...eu crio o meu Tempo.


Entre o princípio e o fim do compasso....faço a minha composição musical, o meu fado, a minha vista. Erguer os Meus braços para o meu publico, e fazê-los arrepiar com o meu tempo...
Erguer os meu os meus braços de cima do meu palco, que é a minha vida e fechar os olhos....fazer gritar a multidão...
Puder um dia ter tempo para dizer e escrever aquelas palavras que nunca escrevi...
Gastar o meu tempo acompanhado ou sozinho a olhar para o infinito....
Apreciar a meiguice das crianças traquinas....
tocar e partir o tempo em dois....atrapalhar os compasso e fazer o tempo tropeçar sobre o meu tempo....
No final disto tudo olho para o relógio e vejo que em tão pouco tempo fiz tanta coisa que agora fico com tempo para fazer nada....
ter tempo de contar as histórias da minha vida ao tempo...dizer-lhe o que já aprendi...Perguntar-lhe o meu próximo tempo de crescer e aprender.
Com isto vocês perdem o tempo a ler este texto e pergunta-se o porquê de estarem a gastar o vosso tempo...

domingo, 29 de novembro de 2009

Variações de um Rebelde #4 Profecias de Zion

Sim...pessoas com diferentes visões e mentalidades, sobre o que é a realidade, mas no fundo estamos cá e falamos de tudo de forma diferente.
Zion, Terra Prometida, Estado de mente, o que lhe queiram chamar...terra onde há paz, amor e fé...uma terra onde o sol brilha 24 horas por dia, terra onde há paz e equilíbrio humano. A matemática da sua construção ultrapassa qualquer engenharia e construção jamais feita neste Universo. Seus verdes, cobrem longos continentes  e os rios, alimento o animal que não comemos. Os frutos e alimento que nos é fornecido nasce e desabrocha todo o ano, há muito trabalho para ser feito nesta terra...será recompensado com vida e energia, não existe dinheiro não existe desgraças...
Enquanto no Planeta Terra, controla-se e rege-se o Mundo pela violência e ganância...onde se comem uns aos outros, onde as meninas vestem o sapatinho de cristal no pé de bruxas, onde os senhores vestem-se com o fado que não lhes foi destinado, em Zion...foi destinado uma vida com realidade.

Canto e toco junto dos meus músicos às portas das nações que cá queiram entrar, cantamos palavras contra as nações militares de armas de fogo....cantamos com as nossas armas:
Música, Jah, Paz, Amor, União
Escrevo este texto a chorar...
Escrevo este texto com uma melodia que eu crio na minha cabeça em forma de Ode.
Vivo de forma consciente e certa...
Libertei-me das correntes pesadas e ferrugentas que me prendiam à terra suja de prostituição, álcool e droga.

Sou livre e ninguém é mais forte que eu...
Jah, agora sou livre...
Vejam a maneira como eles vivem colados às tecnologias e esquecem se da Natureza e Luz de que são feitos...
Eu toco e canto com os meus Músicos e Cantores...no canto da Babilónia, às portas de Sião...observo e toco com as lágrimas nos olhos....observo as derrocadas e as mentes perdidas...
Canto e toco de forma forte..sou a voz do Mundo que quer ficar livre de opressão...
Mas eles insistem em lutar com violência....
Jah vai ajudar-me sempre...
Música vai ajudar-me sempre...
 Sente, Eu sou carne, ossos, pele e dreadlocks...os meus princípios, rico sem um tostão...passo fome para ajudar o meu vizinho, luto sem armas, dou amor sem dar um beijo ....Sou livre

Sou Livre...
Somos Livre O´Jah



Sobre o fogo e o som dos tambores e guitarra...cantamos e damos louvores à Vida limpa e pura que vivemos...
Sim meus caros, a lu está mesmo no canto da rua que está à vossa frente, o caminho onde são livres...

Enquanto toco e canto, vejo as grandes massas metropolitanas a cair, a fome, as balas e o tiros disparados, a terra vinga-se com os Terramotos, Meteoros, Tempestades e trovões...

I´n´I on Soul
Positividade naquela terra onde foi outrora escrita nas escrituras que foram queimadas pelos povos violentos, é agora aqui escrita...

Sou Livre...
Somos Livre O´Jah



As correntes foram quebradas, a Música foi lançada, o Amor semeado...não começa aqui, mas sim nas nossas casas.
Enquanto a melodia toca na minha cabeça eu chorar e escrevo...
Liberta-te...
Não?!
Vocês não sabem o que é viver na linda Terra de Sião, onde lindas letras são semeadas para lindas palavras serem escritas...
Vocês não sabem o que é semear notas e saírem músicas a cada dia que passa,
Lá a sabedoria da Vida e a União é estudada....
Eles não vêem o que o meu Coração vê. Eles não sentem...
tem o que eu sinto...não tem a minha sabedoria e consciência. A minha alma e o meu viver em harmonia...A minha voz roca fala ao som destas palavras...conseguem sentir?
Espalho positividade sem olhar para trás...levanto o meu amigo...
O que ganho com isto?
NADA...não preciso....porque meus actos são autenticas obras de Deus...
O sonho comanda a vida..e a Vida sem força é como comida sem sabor...
A minha música sai por natureza..a minha escrita é mera profecia....
Estou apto para ver a Luz...
Está mesmo ao pé de todos nós...
No final da música...
Silêncio
***
Enquanto às portas de Sião fazemos 3o minutos de Silêncio...
a Terra é corroída por Inimigos Públicos com sorrisos de hienas...
Meu Povo ri e chora...
Ouve-se o estalar da madeira no fogo...
o Vento a soprar ao de leve...
os nossos cabelos a viajar com o vento...
Uma aurora a tapar os nossos céus com cores e magia...
As nossas lágrimas a dar frutos em solo divino...
Caminhemos...
***
Não. não é o meu ultimo suspiro. É a luz do meu coração a falar...um pouco de ar que entra e sai esta escrita, a minha redenção. Cresci sobre Verde, música...vivi por várias gerações e por mais milénios vou viver...vou caminhar sozinho...vou morrer vou renascer como a fénix, vou cantar à lua, vou gritar, vou explodir com o Universo e dar-lhe equilíbrio....não entrará nenhum mau coração nesta Terra de Sabedoria....
Vou gritar ao Mundo, Cantar ao Mundo...Saltar e estremecer o Mundo...Vou rodopiar...Vou renascer cada vez que me levantar da minha cama...vou morrer  velho e vou no próximo dia acordar após sair do ventre da minha próxima mãe...
Vou Caminhar sozinho....vou gritar para a Lua e agarrar o Sol sem me queimar....vou me fazer  ouvir...
Não vou cair como a torre de Babel caira...
na minha casa vai entrar coração puro e mãos limpas....
Anda...vou te fazer ouvir estas sérias profecias...
Ao final do dia junta te aqui ao rio ao pé de casa e vamos discutir e dizer te que Palavras jamais escritas.
Choro ao escrever isto, arrepio-me ao sentir a energia a sair da ponta dos meus dedos e a escrever palavras que não fazem parte do meu vocabulário...
Mas a melodia esta me nas veias...e as letras saem como vómito.
Rendo me ao Leão que está lá em cima a observar-me e me.
Esta é a minha ordem...a minha Lei...a minha filosofia...
Se roubas amor ao Mundo roubas amor a mim....
Queres igualdade mas vives em palácios de ouro...não cresceste e o tempo não para...
eu Vivo música...
Mas, mas, mas, mas, ...
Sim...canto, uso a cabeça...no topo do Mundo,,,,
AIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

GRITO COM TANTA FORÇA.......
Rebento com as minhas veias com tanta energia.....não me aguento.....
parem com brutalidades.....Fogo será derramado sobre corações impuros....

(Acordei da minha Meditação)

"Caros leitores, um texto escrito num momento de meditação profundo, pode ser um pouco pesado mas foi o que escrevi. Escrevo metáforas, onde descrevo o Zion Pavillion, em várias formas, versus o Mundo onde maior parte das pessoas vivem. Concretizo a minha escrita feia em palavras de esperança..rebentei o texto com um grito e estas palavras soltas

...Luz e protecção"

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Variações de um Rebelde #3

É o meu prazer, são as minhas peças de puzzle...
O meu chocolate quente com um centímetro de espuma beje, que me suja os lábios e me aquece a alma...
É minha viajem enquanto estou deitado na cama de barriga para cima a olhar para o tecto e a rir-me como uma criança...
è o meu desejo de trazer o universo para o meu ouvido e ouvir o que ele me tem para dizer...
Não ter medo de falar de Amor e Deus..
Partir as nozes com as mãos e comê-las bem devagar...
o beijo da Sandra enquanto se ri e olha para mim...
É chatear a minha mãe e beijar a minha mana enquanto ela dorme...Ouvir o meu pai, suas palavras sábias, seu ar robusto, seu ar aluado e ao mesmo tempo parece qeu ouve todo o Universo, é incrível o meu Pai...
As minhas lágrimas desenhadas com um sorriso e pintadas de alegria quando olho para trás e revejo o meu passado e com ele constru-o o meu presente...
Voar com os pés no chão...
Rezar bem baixinho e ouvir o Céu a rir-se para mim...
O meu dormir sempre a sonhar...
A minha música, não a trocaria por nada, que me enche o consciente, me faz escrever e voar...
A minha personalidade virtuosa e humilde, um eterno nómada e insatisfeito que me faz correr atrás do forte que não se apaga nem dentro das profundezas do Oceano...
As noites na minha carrinha a contar estrelas à luz das velas e cheio de incenso
Vidrar os meus olhos no simples pormenor e viajar...
A minha meditação focada no nada, onde encontro tudo ..
Faço cores,componho as minhas músicas, as minhas letras, onde toco todos os instrumentos...
É ver os meus erros e aprender com eles...
Um prazer de ser rebelde e variar segundo o meu Mundo....
É respirar Natureza e beber dela tudo o que conseguir....
Ouvir o Tic tac do relógio que nunca tive...
O bater do meu coração que por vezes torna-se ensurdecedor no meio da minha Meditação...
Gritar quando estou sozinho e cheio de energia...
Tocar até não sentir as mãos e suar o meu corpo...
O meu belo banho...
O meu mar e fogo, onde os misturo na panela com a água e adiciono terra...faço a minha energia e espiritualidade..A fé que me arde por dentro e me corrói, com ela nasci e vou morrer...
As minhas flores que colho com autorização da Natureza e as coloco no livro para as recordar..
As minhas terras sagradas...
Os meus Colares que tanto significado tem...
As palavras dela...
Agarrar a Vida e devora-la como se não houvesse amanha...
A minha dedicação com as pessoas e o sorriso que recebo delas....
A minha riqueza...sem um tostão...onde a obtenho de todas estas coisas e me torna dum tamanho infinitamente pequeno onde sou uma personagem maravilhosamente feia...e cheia de Fé...
As minhas ervas que como e me mantêm Puro e Limpo...
As Utopias que crio e componho...
Os Meus desenhos....
é o meu corpo em harmonia com a música em que o meu cérebro se abre e é devorado pelo ritmo, baixo, harmonia e arde de tal maneira que eu faço os meus solos..onde levanto Impérios de pessoas....
O bem estar daqueles que me rondam..
O abraço da Sandra..a minha chuva que me fala ao ouvido sobre o tempo lá em cima...
É a minha força de abanar o Mundo e despedaçar o oxigénio que me corre nas veias...
As minhas palavras que nada valem sem as sementes....
Crianças...
Viajar sobre terras de mochila às costas...
Os terramotos e tempestades que faço ao expirar energia....
cantar debaixo de água...
aquela harmonia perfeita...
arrepiar-me ao cruzar-me com pessoas e ler o que lhes vai na alma, sorrir e perder-me nos meus passos onde por vezes tropeço ...
o meu Chá que me queima a boca...
O trono de Deus..dourado e reluzente onde Ele está lá em cima a contemplar as suas criações e a desenhar na tela os nossos destinos...
O vento que me empurra ...
O Sol que me aquece...
Os rios de Zion, que me alimentam o ego de conhecimento e sabedoria...humildade e honestidade...que recusa dizer não ao meu vizinho...
O meu desejo de dar generosamente para aliviar o sofrimento...
As cores que eu crio....
As poesias que não escrevo...as Odes que canto...
A minha Rebeldia perante a Vida...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O retrato....

E foi naquela linda noite que acordei. No meu altar estava as minhas três velas acesas onde tudo iluminavam. O silêncio lá fora fazia-se ouvir dentro do meu quarto, a flor da minha rua abanava ligeiramente com o beijo do vento, eu parecia um anão sobre todas as grandes sombras que pintavam o meu quarto com as velas. Levantei-me e fui à janela do quarto onde a rua apreciava, as luzes da bela cidade penduradas nas árvores do jardim. Fiquei por detrás da janela, para não respirar o frio que se fazia sentir. Atei o meu cabelo e coloquei as minhas mãos a segurar o queixo como a simples criança que fica à espera do Pai Natal...
Com o meu olhar viajei por todos os cantos daquela imagem que é raro ver, sem carros, barulho, pessoas...
de momento fui buscar o meu bloco e lápis de carvão. Encostei-me à janela e fechei os olhos, sem pensar em nada coloquei a ponta mal afiado do lápis no bloco, respirei bem fundo e deixei o meu corpo fluir...Em nada pensava eu, lembrava me apenas de coisas boas, as minhas amizades, os meus risos, as minhas composições musicais na cabeça, que estão a toda a hora a serem reproduzidas, abraços, beijos, amigos, família, Deus, Sol, Fogo, Terra, Água, Ar, palavras, lágrimas, energias, Paz....
e foi  ai que algo fez a minha mão andar...segurei firme o lápis e não o larguei...fiquei assustado mas deixei-me ir...sentia a folha de papel a chamar-me, sentia o carvão a derreter-se sobre a folha pautada...por dentro senti um calor dos pés ás mãos e fugi...sim, deixei de sentir o meu corpo e só sentia um formigueiro na minha mão direita...
Passados alguns minutos...o formigueiro passou e abri os olhos lentamente.
Não queria acreditar, um retrato!!!
Viajei dentro daquele retrato, entreguei-me, rendi-me a tal imagem.
Os cabelos loiros e despenteados eram maravilhosamente ricos de traços cinza e negros...fixei-me tanto no retrato que sentia o cheiro de orquídeas no seu cabelo, o seu toque nas pontas dos meus indicadores...cabelos suaves e leves, como a pequena pena do colibri, deslumbrante e atractivo como os infinitos campos de seara de trigo dos camponeses....
Criei um rosto que infinitamente seria incapaz de apagar ou de o substituir pelo retrato de formas geométricas que é construído os nosso Universo. Suas sobrancelhas, tinham uma textura do pêssego no verão, liso leve...
Cara redonda e retocada com traços mais fortes sobre as linhas de rascunho...
Sorriso? Não, não existia sorriso neste desenho, havia sim uma flor branca na sua boca, uma flor sem maldade, viva, forte, com as suas pétalas bem retocadas de brilho.
Aquele olhar era um terramoto. Longo e sem fim, onde eu quanto mais me aproximava do desenho mais me perdia naquele olhar. Um olhar com sabor a desejo e perdição, arredondado por um traço negro pestanas longas. Eram duas autênticas pedras de âmbar que estavam ali...retocados de ouro e vivos ao sabor das minhas velas que inspiravam o meu desejo...
Os lábios foi o maior pormenor que consegui obter...eu quando me foquei neles senti-os a tocar em mim...
"apaixonado por um desenho?"
Pendurei-me no olhar da diva, perdi-me na sua maravilhosa beleza e simplicidade, cores de Júpiter, cheiros de searas, uma obra da minha imaginação que passei para realidade...
trouxe o desenho para uma secretária e dei-lhe vida...um incenso com cheiro a ancestrais de inspiração, uma pétala de flor, conchas e velas...folhas secas do Outono e um pouco de Mel...Pedras dos cantos do mundo e deixei o desenho a fermentar...
Dois passos atrás...e voltei a contemplar...
"...sim apaixonado..."
Dava-me vontade de esculpir o desenho com as minhas mãos no barro da minha rua nos dias de chuva...juntar-lhe areia para solidificar...dar-lhe as formas...torná-lo real.
Deitei-me e acabei o resto do desenho na minha imaginação
"um retrato a chamar-me para ele..perder-me naqueles braços...o meu coração muito tonto...as minha barriga a voar, o meu olhar a enrolar-se sobre ela. O que poderá ser este desenho?"
No dia seguinte...perdi-me na realidade sobre um ser feminino...
calça de senhora, sapato preto, camisola negra larga e um corpo de diva....perdi-me num beijo que nem eu sabia de onde vinha..o meu primeiro beijo onde eu de olhos fechados via cores e sentia o meu corpo numa guerra e mistura de temperaturas, quando olhei para o ser o tempo parou....
Não magoaria este milagre por nada, não mudava os cheiros nem os toques por nada...apenas pedia para o tempo parar para continuar a história e dar ainda mais vida a este retrato...


"era a menina do retrato..."

domingo, 22 de novembro de 2009

Variações de um Rebelde #2

Construí-me e tentaram destruir-me...
Conspiraram e tentam sugar te o sangue...Retratos da Babilónia que se apodera dos mais fracos...
Mas leite e Mel eu bebi naquele banco...
Cheirei aquele aroma no ar aroma a verde de erva e Natureza...enquanto à minha frnte vejo aquele aquele impuro a fazer as suas macumbas...
redimi-me ao meu fechar de olhos lento e meti a minha caneca de leite e mel à boca...
Fui outrora poeira...perdida até encontrar o seu rumo, solidifiquei e já me tentaram quebrar, ma shoje danço como a fénix renascida...
Enquanto ao meu lado o padre vende a sua missa e exige dinheiro, eu fico calmo, como se nada fosse...

Leite e Mel...

Limpo a minha alma de desejos impuro..com pequenas dádivas da natureza...
Dizem que as orquídeas não têm cheiro, não têm para quem não as sabe cheirar...
Rico sem um tostão...sou eu
Pequeno, sim....desde muito pequeno muito calado e no meu canto de espiritualidade a assobiar, a espantar males...
Poeta eu? Hum..não
 Sou Perigoso sou Poderoso...
Mas nem aquela flor consigo arrancar para oferecer, pois está tão bem ali  naquele molho de verduras e a sua cor branca a sobressair no centro, faz me rir, fechar os olhos...e apreciar a minha caneca de Leite e mel...
Não me interessa o mal, vejo o bem...
"Por vezes apetece-me gritar tão alto até criar terramotos, rodopiar com os meus dreads na cabeça e dar chicotadas ao Mundo, tocar até estremecer a alma, correr até andar sobre a água.."
Momentos que que a energia me sobe à cabeça..o que é bom..,Mas lá fiquei no meu pequeno banco de pedra a apreciar os dois vales à minha frente...onde apenas a Natureza se espalhava...
Atrás de mim a hiena sorria à espera de me atacar
"sorriso de hiena não é confiado"
Danço enquanto ao meu redor os malaicos vão despedaçando o Mundo..assim como eu, no Tibete, Índia, África, Brasil, Austrália, China, todos dançam e mandam as suas energias para o Universo e esperam ser recompensados pois o Universo é um espelho das nossas atitudes...
Quando Medito, canto, danço, toco, grito...não sei para onde vai..mas neste momento só faço isso para o Universo, Deus e Natureza...pois é esta a minha criação...
No meu quintal construí um jardim e prometi cuidar muito bem dele, enquanto fora da minha casa estão a mandar o Mundo abaixo...
"Não minha flor, não te preocupes, vou tomar conta de ti, e quando não puder tomar é porque já cá não estou"
Fui aquele morro de pedra dar graças aquilo que me tem acontecido na vida, e tomar o meu Leite e Mel...
Eu não crio as coisas para ele, ela ou para mim...crio para o Mundo...
Vou consumir a minha vida até à ultima golfada de ar...pois este destino é o meu fado...
Em reis, capitães, Ladrões e engravatados não confiarei...
Vão à mesa tirar as suas fotografias de fato e sapato...dizer que são eles os donos do Mundo...
Eles passam à minha frente e pedem para se sentar no meu lugar...meu latim não gasto com eles, meu leite e Mel não tiro dos meus lábios, meus olhos não abro meu sorriso não tiro da minha cara...
Quantos mais duros vierem, mais duros caíram....
Enquanto o sol se pões, partilho o meu leite e mel com a pessoa mais desfavorecida que está ao meu lado, trago-a até ao banco e mostro-lhe os cheiros, e as cores que a estrela que ilumina o nosso dia pinta o escuro universo...
Enquanto o fogo limpo e puro sair da minha alma...minha fé não tem fim...

Leite e Mel

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Crónicas de um Viajado #2

Pelas margens do rio mais uma vez me aventurei....
Limpei a cabeça e as lágrimas da manhã...a roupa, mochila e música agasalharam-me e fiz me à estrada....
Saí de casa tão devagarinho e solene , que o Mundo não me ouviu...nem cantei para não incomodar ninguém, meu andar era tão lento que fazia cocegas ao vento mas ele nem sabia quem era...
Viajei a observar tudo como se fosse a primeira vez que viera ao mundo...
Pela primeira vez olhei os pormenores todos, olhei o que ao olhar de muitos é invisível...
Ao olhar para eles tornei-os numa dimensão tal que 
arrepiava-me a cada segundo com o que via...
Cada respirar de cada pessoa e 

"passo a passo"

 vi aquela folha castanha e perfeita a flutuar no rio que corria para Sul, folha aquela que vagueou sempre ao meu lado desde o inicio ate ao final do canal do rio...
Eu vi no meio de um jardim uma flor que se ria para mim...com as pétalas todas abertas...flor branca com o fundo amarelo leve...linda...
Levemente fui passando pelo mais infinito movimento que o Universo conspirava, passei tão levemente que ele nem me encontrou, eu apenas observei...
Apreciei aquelas quatro Senhoras cheias de glamour, com as suas saias curtas, meias pretas e vermelhas, suas malas chiques seus gorros elegantes, fumando os seus cigarros e rindo se das conversas da noite passada...
Apreciei a pequena menina de capacete e bicicleta cor de rosa, a andar bem desequilibrada mas com um sorriso lindo...cheia de confiança na vida, por mais incerta que estivesse, sabia que estava ali alguém (pais), para a apoiarem, inocente e verdadeira...


"A minha musica estava tão profunda e tão alta na minha cabeça que me fazia flutuar...nesta viagem o Mundo parou para observar...o que eu estava a sentir era a típica Orientação Perfeita..."

O olhar daquele pato para mim, parecia que me estava a cumprimentar...

Aquele senhor do barco castanho e amarelo que flutuava no pequeno rio, que ia cumprimentado as pessoas. Um senhor bem magrinho e velhinho mas com um sorriso de jovem...

Aquela folha de outono que caiu à minha frente...

"...bem eu estou tão leve que ninguém dá conta de mim..."
Aquele chá de camomila sem açúcar que bebi, acompanhado daquela metade de sandes de pão de sementes com queijo derretido, salada e oregãos, pintou me a boca de sabor e encheu-me o corpo de força...

O som das campainhas das bicicletas dos ciclistas que passavam, afastava a multidão e faziam com que os milhares de pombos do passeio se levantassem e transformassem o céu num padrão móvel de asas...

Os olhares e sorrisos das pessoas que por mim se cruzavam eram lindos e ao juntar a esta tela,  o óptimo tempo que estava...
O pequeno barco encostado à margem fazia de café para o povo...a hora do chá...
Via-se as senhoras cheias de elegância sentadas a apreciar aquela hora clássica...

Sentei-me à beira do rio e desapareci...os meus olhos não se moviam...fixavam aquela pequena ilha que estava no meio do lago, com dois chorões enormes e montes de pássaros e flores....fixei o olhar e vidrei!

A junção da minha música, com aquelas pessoas a passarem à minha frente, os seus sorrisos, o chão coberto de folhas, o rio profundo, os dois chorões, os pássaros e a saborear a minha pobre refeição tornaram-me naquele momento o rapaz mais feliz do Mundo. Lembro me desviar o olhar der repente e esta um senhor, idoso a olhar para mim...lançou um sorriso honesto..parece que tinha lido a minha mente naquele momento.
Apreciei o pedaço de pão que uma criança atirou para os pombos e veio parar a mim...e o pombo sem medo, veio comer como se nada fosse, mesmo aos meus pés ...
O tempo passava...e eu ali estava, até que uma rajada de vento me abanou do lado direito e eu com ela me levantei e com ela fui...
Apreciei a senhora que lia o livro no seu banco, num muro por cima de mim, lia...



Uma criança filho de um casal negro, que me fez lembrar a mim mesmo quando era puto, tinha um ar de feliz e sempre contente...os pais com pressa a andar e a criança queria olhar para o céu e ver os pássaros...
O avião que passava...
As cores explosivas do Sol que se começava a por por detrás dos prédios...

A parede de fora de uma casa, que era coberta de uma trepadeira enorme como eu nunca tinha visto...
O meu mágico chocolate quente que me aquecia a alma quando o tempo já puxava o frio...
Para acabar, aquela senhora que me pediu ajuda para atravessar a passadeira e que eu a levei ao restaurante para jantar....

domingo, 15 de novembro de 2009

Variações de um Rebelde #1

Outrora, não sei o que fui....talvez um Rei...talvez um escravo.
Hoje sou Mago, sou Shaman, sou um perdido, sou Umbanda, sou Maqumbeiro, sou Pintor, sou Vivo...hoje sou tudo e amanha talvez seja nada.
Contudo, da minha vida eu bebo letras para me dar energia para construir palavras, da minha vida sou pintor, sim um pintor que pinta de olhos fechados agarrado a um instrumento musical e que pinta sentimentos através de melodias fortes e de baixas frequências...emano energia não sei para quem..Deus, Povo, para ti, para ninguém? Não interessa, mas sei que alguém as recebe...Arrepio-me de saber que o Universo é infinito e silencioso, que o meu vizinho se acha o maior e que mal sabe o que está por cima da sua cabeça...
Hoje conduzi sentimentos através de um olhar frio e seco. Calado e sereno observei e vivi...vivi as frias e hipócritas atitudes dos que me rodeiam...mas não é deles que quero falar. EU.....
Dela bebo inspiração para ela ofereço um sorriso...sim essa Natureza em que viajo e não olho para trás..viajo flutuando e de sorriso na cara, agarrado ás minhas conchas e sinais...oiço muito bem o soar das cordas e o eco dela...
Por terras sábias viajei e vou viajar...
Chegarei sempre com uma bandeira branca hasteada, chegarei como nómada e novo aluno daquela humilde Terra...
Em mim não há limites...sou perfeito? gosto do que faço, sinto-me bem no que faço...sou perfeito e egoísta?...não, sou amante e apaixonado de mim mesmo, onde respeito cada cabelo meu, onde respeito cada molécula de ar que "envenena" os meus pulmões...
No ar eu vivo, no ar eu morrerei, não...meus caros...não tenho medo de morrer pois sei que vou ser transformado em Terra, vou ser consumido pela Natureza e farei ainda mais parte dela, por cima de onde serei enterrado irá erguer-se um palco onde todos os corações limpos e bonitos vão actuar...em meu nome não vão actuar, mas sim em nome da Mística Natural que nos liga...por cima de mim irá erguer-se um jardim...um jardim onde histórias irá ter para contar, desde cada pedra que está no chão até cada pétala de flor que os meus jardineiros vão plantar. O meu inimigo quanto mais duro vier, mais duro cairá...e com ele não irei lutar....Sim..cairá ao ver tal beleza...irá sentir vergonha e redimir-se...a ele não julgo pois também erro...Ele, sim Ele cujo nome todos sabem está lá em cima a observar, sentado no seu trono, e a desenhar traços, linhas...pontos ...Destinos...

Sobre campos verdes observo o por do Sol com um respeito enorme...Observo sua rebeldia e luta de cores quentes e frias...desfaço-me em lágrimas ao saber que todos se queixam da Vida...
Queixam-se, queixam-se mas...
O Sol nasce e põe-se todos os dias...
Queixam-se, queixam-se mas...
Por mais nevoeiro ou nuvens que haja, o Sol continua lá em cima para nós...
Se acordares amanha és um privilegiado...ao acordares pensa naqueles que não acordaram..e quando fores beber água saboreia bem..pois não sabes o que te espera amanhã.
Fico com os olhos vidrados ao ver tal beleza...
Minhas letras que outrora foram semeadas, foram gozadas e interpretadas como veneno para os campos...destas críticas não bebi, nem ouvi...das sementes cuidei bem e dei-lhes amor e carinho...Hoje, essas sementes são monumentos, são palavras que arduamente ergui sobre a minha cabeça, pois é na cabeça que entra toda a energia cósmica...erguias sem medo e com muito sacrifício...Não..não tenho medo de pintar uma tela de olhos fechados...pois dei as cores que nela quero e sei onde as encontrar..e o resultado?
Será a minha Paz e a minha Rebeldia...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Crónicas de um Viajado #1


Levemente fui ..por aquela margem do rio. !6h e 15 Minutos era a hora do momento e parecia que o tempo não passava. Tão bom!!!
Sozinho e naquele dia cinzento e silencioso, sentei-me na fria pedra de banco a contemplar.
Os ciclistas que passavam de vez em quando diziam sempre um olá, assim como os pedestres que era raro passarem. No meio de uma cidade de loucos, dizer que encontrei um sitio para meditar e estar em paz, para muitos é uma Utopia.
Os patos e os esquilos eram a minha mais constante companhia. O vento empurrava as nuvens a uma velocidade já significativa , mas eu como estava abrigado.. nem o sentia. cruzei as mãos e olhava em frente, não que tivesse a fixar algo, mas sim o infinito. A meditar...
"que saudades daquele beijo"
As cores daquela paisagem eram lindas, eram umas cores que me agradavam, cores do nosso lindo e humilde Outono. A chuva ameaçava, mas não fazia mal...Fixei algo à minha frente e comecei a viajar...foi inevitável...
"espero que a minha mãe e irmã estejam bem...o meu rico pai que já não vejo à tanto tempo! Estar assim sozinho num lugar não é fácil..mas estes momentos também me fazem bem...gosto de viajar feito tonto."
 Desenhou-se um sorriso na minha cara e uma lágrima caiu-me pelo nariz...olhei logo para os lados para ver se ninguém vinha, para não estar assim a chorar em público.
Viajei e viajei...por música e concertos, por gargalhadas que mandava com a malta quando estávamos todos juntos, os belos dias de praia a estorricar ao sol, os meus sagrados sábados de ir à praça ás 10 da manha comprar amendoins...
Sim, podemos dizer que fiquei um pouco nostálgico...
"e ela? será que está bem? "
suspiro...muitas coisas me passam pela cabeça...tenho a certeza que coincidências não existem e cada segundo da minha vida neste Planeta prova mais isso, mas o que me deixa mais confuso e pensativo é a forma como a vida se desenrola, a forma como as coisas se vão proporcionando...
Hoje estou aqui à margem do rio a ver os barcos passar, amanha posso estar morto. Se seria justo ou não..não sei mas se é possível, lá isso é.
Queria dizer tantas coisas ao rio, aos patos e aqueles esquilos....parece absurdo.
Observava aquele chão coberto de folhas, sementes, agua, relva....

"apetecia me um beijo da Sandra"
Encostei me para trás no banco e fechei os olhos por um bocado...Que viajem...
"Ás vezes pareço louco, e calhar, mas sabe-me bem..."
Cores e lágrimas misturaram-se, o deserto e o mar uniram-se...o eco da Natureza segredou-me ao ouvido pequenos rumores de saudade de ter pessoas como eu com ela...
De repente passou uma pessoa, e eu ouvia mas nem me mexia...deixei as lágrimas correrem  o meu rosto e um sorriso rasgar-se na cara. Apetecia me um sabor a caramelo....
O tempo que estive lá naquele banco deu para pensar na minha vida quase toda...ri me dos maus momentos e limpei a minha cabeça com os bons...
Ping                        Ping             Ping  Ping Ping.....
"...bem Iúri está na altura de ire para casa, as gotas molhadas já caem e está na altura de elas terem o seu espaço para molhar"
Antes de me levantar, coloquei o carapuço e senti logo a brisa do vento...fechei o casaco e ri-me para o rio...e disse para ele...

"quem me dera que soubesses um dia de nós dois, ela é linda!"
E fiz me a casa...Leve e Sereno...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Acode - Vanessa da Mata



Tanta energia....
Para quem percebe mais uma noção mais profunda de música, escute bem o baixo da música, a guitarra de Kuduru, a harmonia das teclas, os coros afinados, a percussão corrida, a bateria seca, e claro a voz desta deva da Música...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Molhado...Sou feliz

Hoje chove, hoje chora....
lágrimas qeu caem, em pó se tornam. Viram seiva de plantas qeu lhes correm nas infinitas e invisiveis veias.
Hoje chora...grandes gotas de água que me molham o rosto. Frias e tansparentes cada uma com algo em especial. Caem e em pó se tornam. Viram poças onde eu salto e me sujo como uma criança sem problemas na vida onde paa ela apenas a alegria e felicidade existe. Chuva que cai e vira pétalas vivas e coloridas de flores....chuva que cai e vira tristeza para muitos...chuva cai...
Seu baulho torna a bela cidade silênciosa...seu barulho afoga os risos de muitas pessoas..
Chuva, que tens tu para fazer esta gente triste. Es tu que das vida a Natureza..fazes parte dela. Ai chuva como eu te percebo.
Chuva que cai e ninguém a percebe....chuva cai e em pó se torna.
Fria e húmida, a chuva conta a história dos ceus...se chove ta a chorar? Sim, de alegria ou de tristeza?
Sei lá pergunte-lhe vocês...
Chove e há tantas núvens no céu...
que medo. Medo? Tão bom saborear a sua liquidez na minha cara...
Seu barulho parece lágrimas tão bonito.
Eu doido? Louco...talvez...
Mas sou assim...A chuva percebe-me

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

Satisfaz a minha alma..

Olhei-a nos olhos....(solidão)...virei-lhe as costas e fui consumido
nada me disse...virei-lhe as costas e fui consumido...enquanto aquela música me entrava nos olhos....viajei...entrei num puro estado de espaço infinito...queria tudo e nada...as lágrimas corriam enquanto descalço dançava as voltas...
Satisfaz a minha alma...
Estou te a chamar...aquele calor frio entrou me na cabeça  e rapidamente chegou ao coração...ficava mais rápida e eu cada vez mais solto...
As cores amarelo torrado e vermelho coloriam o escuro dos meus olhos fechados..

O meu coração acelerava...a energia era tanta que já não sabia o que fazer...cantava tão alto e que em todo o bairro se ouvia...
Satisfaz a minha alma...Viajei....
Eu corri em cima da água...enquanto o som do teclado ecoava....
eu saltava montes ao som do pedal...meu corpo gingava ao som do pesado baixo que fazia um loop...as percussões eram tantas que já estava perdido no tempo da música...
Metia as mãos à cabeça parece que ia explodir...o sorriso era tão grande na minha cara...
O pedal aclarava....
A voz dela ecoava

Satisfaz a minha alma..
Aqueles tristes acordes da guitarra com os slaps da tarola...espetavam-me a alma...
Aquela voz envenenava o meu corpo...
(Vocês nem acreditam)
Satisfaz a minha alma
Aquele baixo sempre a bater e a dizer me para me envolver ainda mais...
Já não tinha mais sítio para onde ir se não o meu quarto..tudo a minha volta não existia...
Eu queria fugir...eu queria parar mas não conseguia, eu viajei...
agarrei me aos cabelos e a energia estava me a queimar..mas não sentia dor...dancei loucamente, rodopiei sem estar tonto...
e de repente...
Pummmm...o Eco do teclado dá por fim a estes segundos de orgasmo musical ...que me fazem perder

sábado, 7 de novembro de 2009

A minha viajem no barco de papel...Capítulo III (Fim)

Viajando calmo e pleno num mar desconhecido, la ia eu na minha viajem sem destino. Não muito longe, cerca de uns 100 metros, avistei algo. Parecia, de longe um pano branco a boiar, mas ao aproximar-me nem queria acreditar.
"Uma Rapariga!"
Falei eu para mim mesmo! Balancei o barco com força para a frente e para trás para chegar lá mais rápido.
Agarrei-a e puxei-a para dentro do barco. era de facto uma rapariga com cerca de 22 anos de idade. Sem reparar nela nem, fui logo ver a respiração e ela respirara. Estava molhada e branca. Destapei a sua cara dos cabelos longos e fiquei paralisado.
"Linda"
Tinha umas pestanas perfeitas, seu tom de mel era moreno e suave suas pestanas escuras e grandes, seus olhos grandes. seu nariz era bicudo e bem cómico, sua face era redonda e alongada no queixo, sua boca era algo de maravilhoso...lábios apetecíveis, vermelhos e com um toque brilhante. Seus cabelos eram escuros e esguios ate um pouco mais abaixo que os ombros. As suas mãos eram de princesa assim como os pés. para finalizar, o seu corpo...digno de uma Deusa.
tirei o meu casaco e coloquei em cima dela e fiquei a apreciar esta diva adormecida.
Longas horas navegamos e ela sempre a dormir. No percurso, encontrei uma praia deserta onde os ventos meus amigos me levaram até lá. encostei e puxei o barco e pequei na diva ao colo e trouxe-a para terra. Levei-a para uma sombra pois fazia calor. Havia muitas árvores de fruto, e animais exóticos, (por momentos até pensei que fosse a ilha anterior em que tinha estado).
Colhi frutos que dessem sumo e trouxe até ela. Quando cheguei ao pé dela sentei-me e sorri a olha para ela e reparei na pequena flor que ela tinha na orelha esquerda...uma orquídea branca linda. Estiquei a mão para ajeita a flor e a rapariga começou a mexer-se, eu recolhi logo a mão e fiquei atrapalhado. Ela abriu os olhos e muito calmamente olhou para mim

"Olá"


Eu, respondi também com um simples "Olá", meio tímido.
Ela sorriu, levantou-se sentou-se ao meu lado e disse-me:
"Estava à tua espera!"
Eu, nem sabia o que havia de responder.
"Eu sei que parece estranho mas estava à tua espera. Sabia que me vinhas salvar."
No meio disto tudo a minha boca não consegui soltar uma única palavra, estava completamente paralisado a olhar para ela, e a saborear aquele tom de voz doce e suave no meu ouvido. Nem queria acreditar.
Ela foi falando de si...onde nasceu, onde cresceu, o qeu lhe tinha acontecido o porquê de estar a boiar no meio do Oceano, o porquê de sabes que eu é que a ia salvar. Pelo que eu entendi, ela já tinha sonhado comigo e quando arranjou uma oportunidade, foi direita ao mar.
Eu já não me considerava muito normal da minha cabeça, mas esta miúda era pior.
Ficamos a noite toda a falar e lá fui começando a soltar palavras e risos com ela...mas algo me pertubava, eu devia estar preocupado com a realidade de ela não se ter afogado, ou de como é qeu era possível ela saber qeu eu é que a ia resgatar, ou de...não conseguia nem queria saber..a sua beleza ultrapassava o mundo da física, focava-me naquele corpo e cara, encontrava um promenor a cada segundo que olhava para ela, descobria uma nova harmonia na voz dela, seguoa o seu pestanejar a cada milésimo de segundo, por momentos pensava que ela se tivesse a senntir constrangida, mas não, não lhe fazia a mínima diferença eu estar assim tão focado nela....ela falava e falava e eu soltava um sorriso cada vez maior..era incontrolável.
A noite foi-se pondo e o frio foi chegando. Levantei-me e fui buscar mais fruta para nós e umas folhas de palmeira para nos aquece...quando cheguei, não me perguntem como mas tinha lá uma fogueira feita por ela bem quente e aconchegadora...eu queria pensar como é que ela fez a fogueira , mas não consegui...
Sentei me ao lado dela e ri-me...ela do nada, começou a soltar uma cantiga, e foi-se levantando devagar e bailando...eu nem queria acreditar...quis escrever a cantiga dela no meu último pedaço de folha mas não consegui acompanhar e já queria saber...em frente à fogueira ela dançou...dançou como se mais ninguém ali estivesse...e eu sentado a apreciar sem nada a dizer...meus olhos fintavam os dela e por entre as labaredas ela olhava para mim...algo na minha barriga começou a dar asas..parece qeu tinha borboletas, senti um calafrio  cá dentro mas deixei-me estar...ela dançava e ia puxando o vestido para cima como uma princesa...rodopiava e eu ia-lhe olhando para as pernas...
Ela começou a aproximar-se de mim..e o meu coração automaticamente disparou...agarrou-me e puxou-me para cima. meteu os seus braços por cima dos meus ombros e juntou o nariz com o meu, desenhou um sorriso na cara dela e na minha enquanto eu lhe agarrava cintura...a sua dança acalmou e ficámos apenas a balançar enquanto a fogueira nos aqueci. O balanço foi se tornando menos e quando dei por mim ela já estava com os lábios dela colados aos meus. Eu não disse que não mas o calafrio e as supostas borboletas na minha barriga tinham desaparecido e a segurança tinha-se assim instalado em mim...um beijo doce e longo foi o que nos estava a ligar...nossas línguas suavemente se encontravam e se conheciam...nossas mãos começaram a percorrer os corpos um do outro e o quente que nós sntimso já não era definitivamente da fogueira, mas sim dos nossos corpos. Seu vestido era de alças de atar nos ombros, desatei e o vestido caiu...
suas mãos depiram-me e tocaram-me ...deitámonos e a areia não nos fazia confusão...eu já não queria saber de nada...estava fora de mim e sem noção qualquer do tempo e espaço...amor quente fizemos ali junto a fogueira, não sei se foram minutos, ou horas qeu ali estivemos...mas que foi maravilhoso foi...soltamos um orgasmos ao mesmo tempo e adormecemo os dois agarrados.
Ela adormecera primeiro que eu e eu só me lembro de estar a olhar para o seu ar de consolada e sorriso colado na cara e ...adormeci.
Acordei de manhã e não queria acreditar
"O que é que eu estou aqui a fazer?"
Estava na praia onde supostamente tinha embarcado...levantei-me e olhei para os lados...estav tudo normal...nem quis acreditar.
Quando olhei para trás estava algo no sítio onde esta a minha cabeça encostada...
"O vestido branco? A orquidea? Um barco de Papel? Uma mensagem?"
Estava a ficar louco decerteza.
O vestido estava molhado, e tinha o mesmo cheiro que eu sentira quando estava com a rapariga; a orquídea era a mesma, branca e linda e mandava um aroma muito leve, o pequeno barco de papel fora aquele que eu tinha feito, cheio de mensagens e com a minha caneta lá dentro e ....a mensagem


"Caro marinheiro

Voar, foi sempre o que o homem quis...riqueza foi sempre o que o homem quis, Conquistar e destruir..o homem fez...Trair e Mentir fez parte do coração dos homens!
Mas Tu meu Marinheiro...És O Homem...O Homem que semeou a sua cultura e fantasia, O Homem que Lutou e Conquistou a sua presença, O Homem que semeou...sim semeou letras e cultivou palavras...O Homem que transformou as palavras em remos e velas e alimento para o seu barco e viagem sem destino...
O Homem que não quis moedas quis Verdade..O Homem que não quis Guerra....quis navegar...O Homem que se orgulha de ter chorado...O Homem...
Que me acordou do pesadelo de me estar a afogar e carinho e amor me soube dar.
o Homem que me soube dar a atenção e me conquistou com o seu olhar...me conquistou com o seu Amor e verdade.
O meu pesadelo já foi...resta-te agora acordar e seguir os teus sonhos...Meu Marinheiro...um dia vamos encontrar-nos.
Meu marinheiro nunca te esqueças ...
sonhar acordado é viver os sonhos
Da tua querida
Diva, aquela que acordaste do pesadelo"
Calado e sorridente me levantei...dei um ultimo olhar na praia e fui para casa
"Filho onde é que andaste até agora? dormiste em casa?"
"Desculpa mãe fui passear ontem à praia e adormeci lá"

Fim

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um Mundo melhor..

Calado e silenciosamente louco, ali estava ele sentado num banco à  beira do rio que calmamente passava naquela terra de confusão, barulho, poluição, falsidade e podridão. O trânsito por trás dele era caótico. O lixo no caixote do lixo ao seu lado estava no limite. O pobre homem que estava a pedir esmola no banco ao lado, já estava mais morto que vivo.
Era final do dia e o frio era intenso, nada incomodava esta alma. Apenas uma capa preta cobria o seu corpo negro fino, seco e descalço. Seu olhara não focara o rio, nem a água que corria nem nada do que se passava ali. Focava algo para além do horizonte...
Não havia pestanejar naquele olhar, não havia reacção com alguma coisa que pudesse estar ali. Era como uma estátua. O frio apertava, e as poucas pessoas que olhavam para ele, olhavam com um olhar de nojo, olhar estranho, desconfiado e riam-se do pequeno e sujo pedaço de cartão que ele tinha a seus pés com a seguinte mensagem:
"Sê aquilo que procuras nos outros"
Naquela mesma noite, uma grande festa de música electrónica ia acontecer mesmo ao atravessar a estrada que estava por detrás deste sujeito. Sua alma e seu corpo permanecera surdo, mudo e estático.
O inferno começou

Música diabólica, e o ambiente propícios para a transformação do ser humano. A multidão estava eufórica. O álcool era o sangue que corria nas veias daquele publico. A droga envenenava suas mentes. As luzes eram dum cenário aterrador. De repente algo passou por aquelas pessoas todas. Algo de loucura eufórica. A violência começara... O publico levantava e abalroava os carros que estavam mais perto da zona, partiam montras de lojas, Os homens agarravam as mulheres pelos cabelos e violavam-nas no próprio local como se nada se passa-se. Outras mulheres rasgavam suas roupas de tanta loucura, deixavam seus corpos completamente nus, prontos a serem devorados por um número de homens que elas conseguissem aguentar. O público estava em trance, com um sorriso na cara e cada vez com um olhar mais diabólico. Cuspiam-se uns nos outros, praguejavam uns com os outros, batiam-se uns aos outros o prazer da destruição e infinita loucura reinava naquele massivo.
De repente a policia chega ao local com ordem para "varrer", todo o ser que tivesse a criar problemas...
A música estava tão alta que não se ouvia o ladrar dos cães da policia, que entrava pela multidão a dentro. Chicotadas, bastonadas...da maior violência que pudesse haver, quer em rapazes e raparigas...era tudo corrido à brutalidade. A festa estava caótica, do pior cenário, o Dj continuava a passar musica cada vez mais diabólica. Estava instalada a desordem...
A alma, sentada na sua quietude assistira a tudo o que se passara sem reagir à mínima coisa que se passava. Jovens loucos que passavam por ele cuspiam-lhe na cara, batiam-lhe, chamavam-lhe nomes, gozavam com ele, vazavam-lhe álcool pelo corpo..nada o fazia mover dali, nenhuma palavra lhe fora arrancada da boca, não houve um pestanejar, não houve uma mudança de feição, não houve um mínimo de sensibilidade.
A polícia que passara ali olhava para ele, seus cães ladrava de raiva..nada mas mesmo nada o movia.

A festa encerrou de manhã. Corpos podres de droga estavam encostados a todo o objecto que pudesse estar na vertical., outros deitados no chão e passeios como se fossem camas. Já estava praticamente tudo controlado, mas o cenário era o maior terror.
O ser, molhado, cuspido e sujo, não se movera nem por nada.
Porém, algo aconteceu...
Sua cabeça olhou para baixo e este fechou os olhos. Um pequeno colibri pousara no seu ombro e ali ficara a fazer-lhe companhia.
Uma lágrima caiu-lhe do olho do homem e assim ficou.
Durante o dia, os jovens ainda a cambalear levantaram-se, foram deixando as ruas mais limpas sem os seus corpos nus, sujos, transpirados e consumidos pela droga.
No final do dia, uma menina, com os seus 8 anos, sentou-se ao lado do homem que continuara na mesma posição, enquanto os pais dela falavam no banco ao lado.
Ela olhou para ele e perguntou:

"Quem és tu?"
O homem, voltou a levantar a cabeça e fixando outra vez o para além do infinito, respondeu com uma voz grave, seca e leve:

Eu sou Deus! E tu?
Menina-Eu sou a Inês. Porque estás assim todo sujo, descalço e apenas com essa capa? Quem te fez mal? Se és Deus, porque não castigas-te as pessoas que te fizeram isso?

O homem, apontou para o horizonte lentamente e respondeu:

Deus-Sabes Inês, vou-te contar uma história

"Deus não castiga, Observa. Apeteceu ontem vir cá abaixo ao mundo das pessoas. Pessoas como tu Inês. E fiquei muito triste! Vi tanta coisa má que pessoas mais crescidas que tu fazem umas com as outras. Sabes Inês, quando os pássaros estão nos ovos, as mães dão-lhe calor com os seus corpos até os passarinhos saírem dos ovos percebes? Quando os pequenos pássaros nascem, as mães e os pais têm de alimentar boca a boca os pequenos pássaros, pois eles ainda não conseguem. Os pequenos pássaros são sempre ensinados a seguir os bons ventos, voar de dia e descansar à noite, irem sempre para os lugares quentes nas estações do ano e não as frias. Mas quando os pássaros ganham asas nem todos fazem o que lhes foi ensinado. Percebes Inês? "

Inês-Sim! E depois vão por maus ventos não é?
Deus- Sim!
Inês- Hum! e o que é que esse cartaz quer dizer?
Deus- o cartaz diz: "Sê aquilo que procuras nos outros".
Inês-Ah, olha Deus, os meus pais sempre me ensinaram a procurar a bondade e a verdade. Se tu realmente és Deus, posso procurar isso em ti?
Deus- Inês, depois do que vi esta noite pensei que todas as minhas sementes que eu enviei par a Terra estavam envenenadas. Mas agora com essa pergunta deste me esperança.

Um pequeno sorriso surgiu na cara destes dois seres. e Deus disse:

"Inês, tu representas a verdade. O pequeno desabrochar da flor colorida. Representas a verdade como este céu ser azul.
Agora estou contente pois to és o meu olho esquerdo e eu o teu direito. Portanto não será loucura lutar...Nós Somos Um.
Em ti não depositarei os Meus erros, em ti vejo um terramoto de vida, o Poder de seres Vida...outra vez"

Nisto a Inês olhou para o horizonte e assim permaneceu e quando voltou a olhar para o lado o que restara do homem era o cartaz.
Passados anos a Inês foi crescendo...esta conversa permanecera-lhe na cabeça.
Um dia ela regressou ao local e estava lá um mendigo. Sujo, Feio triste e sozinho...com um cartão a seus pés que dizia:

"Um Mundo Melhor" 
Inês sentou-se a seu lado e o pobre velho olhou para ela e perguntou:
-Não tens medo de estar ao pé dum velho sujo e imundo como eu? Só queria um pouco de Paz e Amor no Mundo.
Inês de forma sábia e com o mesmo olhar para o horizonte que fizera quando tinha 8 anos, respondeu:
-Não tenho medo....Nunca me assusto, as preocupações foram lavadas...tu és olho esquerdo e eu o direito, não será loucura lutarmos. Nós somos um!


"E ali ficaram..."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A minha viajem no barco de papel...Capítulo II


E foi com o vento que eu acordei naquela manhã.
Um vento forte e frio, um vento de más notícias, um vento zangado.
agarrei me fortemente ao meu barquinho de papel e fechei os olhos...a força era tanta que nem via o que se passava à minha volta.
O medo estava instalado em mim, o desespero...
Com o vento, o mar revoltou-se...eram duas das quatro forças da Natureza em comunhão. Duas das quatro forças da Natureza que eu outrora escrevi lindas Odes e que de tanto falei...a virarem-se uma contra a outra...o som das duas era algo jamais descrito, algo sem palavras..o roncar do Vento contra o Mar era algo irreal.
Jamais pensaria em sobreviver àquele pesadelo até dar à costa de uma enorme ilha. Uma ilha que à primeira vista estava desabitada. Tinha verde das árvores, o castanho da areia, o preto da rocha, o azul do céu.
Era um autêntico paraíso. Puxei o barco para dentro da ilha e guardei-o ao pé de duas palmeiras que lá estavam ao pé.
Senti-me convidado a entrar e a explorar esta maravilhosa paisagem...
Pássaros, animais exóticos, assobios, enormes árvores, flores, fruta, era tudo belo e explendido.
Fui caminhando, caminhando até que chego ao topo de um vale e olho para baixo e vejo...
sete rios divergindo de um só grande rio vindo dum cume de uma montanha que nem eu vira bem...
A paisagem era linda...mas algo naquele cume me chamara a atenção. Estava repleto de nevoeiro e á gua a vir de lá era algo digno de se ver...Caminhei...
Não sei ao certo o tempo que levei até lá mas deu tempo para me inspirar em todas aquelas cores, apreciar o sabor de todas aquelas frutas...o barulho das minhas passadas, o raspar das folhas umas com as outras...tudo era digno de se ver...
De repente, vira um caminho, um caminho feito por alguém...
"Não estou sozinho nesta ilha"
Foi o que disse para mim, mas segui caminho por montanha acima...
Á medida que ia subindo a cor ia-se perdendo, o som ia-se dispersando, o verde deixara de aparecer, apenas rocha e mais rocha era o que se via. O caudal do rio à medida que ia subindo ia focando cada vez mais pequeno...
"estranho"
Pensei eu...quando cheguei ao topo, deparo-me com esta visão...


Uma rapariga com os seus 20 anos, sentada, com apenas uma pequena vestimenta de tecido a tapar o peito e as pernas. cabelo despenteada, branca, triste e suas lágrimas eram tantas qeu provocaram tal rio qu eeu vira pela ilha...
Por instantes pensava que estava a sonhar...mas não...era mesmo algo muito frio e triste que estava à minha frente. Ela não deu por eu chegar, mas eu também não tive pressas...fiquei mais uns segundos a observar...
Dei uns passos para a frente e sem ela dar por nada sentei-me ao lado dela...
ela agarrou-me no braço e olhou-me nos olhos....o arrepio e o susto foram tantos...que parei de respirar...eu vi arrependimento, eu vi pecado, eu vi inveja naquele olhar, castigo, secura, a energia foi tanta que eu comecei a verter lágrimas com ela, juntando as minhas aquele rio que por naquela ilha passava.
Ao tocar-me eu senti o que ela estava a pensar...parece que ela me transmitira a sua história...na minha mente eu ovira a voz dela dizendo:

"É o meu castigo! Eu sempre gostei muito da minha irmã éramos as duas como unha e carne. Mas não sei porque os animais gostavam mais dela do que de mim, todos os navegadores que passaram por aqui gostavam mais dela do que de mim, as cartas que chegavam em garrafas eram a a rapariga loira e não para a morena, a sua agricultura dava sempre alimento e a minha não. Porquê?
Disse um dia para ela que estava doente, e que precisava de uma pétala de flor que estava no outro lado da ilha numa gruta. eu sabia que essa gruta todos os que lá entravam nunca mais saiam...por isso é que a mandei lá. Passado sete dias e sete noites ela nunca mais aparecera. Era assim eu, a mais bonita da ilha, iria ter todos os privilégios que ela teve, os namorados, as flores, o alimento...até que
Deus um dia perguntou-me:
Onde está a tua irmã? e eu respondi que não sabia!
voltou a questionar-me
Onde está a tua irmã?
De repente um vazio me envenenou o sangue...meu coração parou..e Deus disse:

"O resultado da multiplicação de sete vezes a idade da tua irmã será o número de dias que ficarás aqui nesta ilha a chorar. Tuas lágrimas serão a água dos animais e o alimento das plantas. Serás o alimento dos campos que a tua irmã plantou e os teus iram morrer. Serás a Vida desta ilha até o teu castigo acabar, e quando acabar a ilha desaparecerá contigo."

Depois de ter ouvido o ecoar desta historia na minha cabeça...fiquei sem gota de sangue no meu corpo, naquele momento nem o meu nome sabia...naquele momento nada senti.
Levantei-me suavemente e comecei a andar para trás...desci a montanha..já se fazia noite...não me lembro sequer de pestanejar até chegar ao barco, não me lembro de respirar. Antes de entrar no barco, agarrei numa pequena garrafa vazia que estava na areia e levei-a comigo..entrei no barco e segui rumo ao meu incógnito destino...no caminho, agarrei no lápis e na garrafa e lancei ao mar a seguinte mensagem:

"O Mundo foi feito para ser partilhado. Partilhar o Amor e Carinho. Posso dizer que somos todos pequenos milagres de que Deus, pequenas peças de puzzle da Natureza em que estando todos em sintonia somos assim um MILAGRE DE DEUS. A verdade é que toda a guerra e conflitos de hoje em dia está gerada apenas pela inveja que o Homem. A inveja que o Homem tem uns pelos outros, a competitividade...se eu disser que todos os problemas que há no Mundo são gerados pelo Amor, não estou a mentir. São gerados pela inveja que as pessoas tem ao verem Amor num lado e no lado nelas não. O Amor tem de ser criado, cultivado, desde o simples sorriso de manhã até ao nossos Pai e Mãe...
O Amor é o caminho mais certo da vida...só é pena alguns seguirem o caminho errado"


E segui a minha viajem...
(continua)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Energias 1.2

De certo é que quanto mais aprendo menos sei. Mas a Vida e o Conhecimento não passa só pela escola e graduação Social. É certo que a convivência e a troca de Energias entre pessoas ajuda imenso e é o que nos dá o verdadeiro conhecimento base de todas as atitudes e capacidades que podemos resolver. Ao fazermos parte desta massa escura a que chamamos de Universo há algo que é sempre redireccionado para nós. Ao longo da vida tenho aprendido que o Universo funciona como uma espécie de espelho. Tudo o que mandamos para fora, mais cedo ou mais tarde é retribuído ou da mesma maneira ou pior. No meio disto tudo o problema está em ...como descobrir!!! No primeiro post sobre as Energias eu já tinha dito que não existe Coincidências e aqui volto a dizer o mesmo
Não existe Coincidências.
O ser Humano tem capacidades para poder desenvolver a sua capacidade espiritual e de recepção até um ponto ilimitado...por vezes nós apanhamos aquelas pessoas que nós temos por norma de chamar de maluquinhos! Eu já cheguei ao ponto de perguntar, porque é que são eles os maluquinhos e não nós. Porque é que temos de ser nós, os supostos "Normais", a estarmos certos? Durante a História de todo o Universo grandes Homens já passaram pelo o terreno que hoje nós pisamos...e mais virão. Não falo de Homens de Guerra e Homens de frentes Políticas, falo de Homens que a sua Humildade e Honestidade ultrapassaram todo o Homem, supostamente "Normal".

Voltando ao reflexo do Universo, todos nós recebemos e enviamos energia para o Universo, até posso averiguar por Vibrações. Em forma de Sentimentos, Pensamentos, Auras, Cores, Música...
Qual a cor da energia, o seu tamanho, a sua forma, cheiro...isso tudo são factores que nós como receptores analisamos no nosso interior.
Hoje em dia há ciências que estudam essas sensações, eu dispenso esses estudos e prefiro analisar por mim mesmo, pois as energias tocam-nos de maneiras diferentes.
É por norma, os adolescentes na fase dos 18 aos 28 anos terem mais problemas a nível espiritual e mental, falo eu de depressões, tristeza, stress, mau estar, etc. Isto tudo devido a factores sociais como Escola, Faculdade, Trabalho, Problemas em Casa, meio onde vivem etc...
Estas energias ou Más Energias são todas enviadas para o Universo...agora pergunto eu:
"Qual Universo?" 
Tanto para o nosso Universo como para o Universo que nos rodeia.
Quero eu dizer com isto o quê?
Se ao longo do tempo temos experiências más, namoros, morte de alguém querido, maus relacionamentos, desemprego, entre outros...essas vibrações são muito fáceis de serem recebidas por nós!
E nós, Seres Humanos temos, infelizmente uma mania muito forte de só dar valor às coisas más do que às coisas boas, e ao dar valor a essas coisas más ou más energias é muito fácil transformarmos as mesmas em coisas enormes. E ao agarrar-mos estas más vibrações a nossa reacção é:
"a minha Vida é uma merda"  "apetecia-me desaparecer" "vou desistir" "não aguento mais" "não consigo"
 Isto é um autêntico alimento para a nossa mente e que transforma o Nosso Universo num ambiente mau e negativo. Agora,
"Quais as consequências?"

Fácil, mau estar, depressões, stress e todos os tópicos que já referi anteriormente.
Agora, existe algo que ainda é afectado, o Outro Universo.

Sim o Outro Universo falo eu de, tudo o que nos rodeia...é claro que se nós estamos mal, tudo o que está à nossa volta vai ser influenciado e transformado.
Se estamos mal, a nossa conversa, modo de estar, voz, atenção, corpo, aura...já não vai ser o mesmo.
"O outro Universo então começa a reflectir"
Nos funcionamos como um íman, se enviamos boas vibrações, boas vibrações iremos receber, se enviarmos más vibrações, más vibrações iremos receber. O nosso corpo nunca mente, e nós infelizmente não o conseguimos enganar quando algo acontece: nervos, lágrimas, ansiedade, tremores, suores, desconcentração...são tudo factores que os receptores, (nós), sentimos e recebemos

Á quem acredite em Deus, há quem acredite na Natureza, há quem acredite em algo místico...eu particularmente aprendi a ligar tudo e a deixar estes elementos darem prioridade e iluminarem me o caminho e o meu destino.
É bom o Ser Humano agir em forma positiva, e quando algo acontece de mau, podermos ir ao nosso baú de recordações e relembrar os bons momentos, as boas vibrações, a música, a cor, a energia que nos faz sorrir e nos dá prazer...pois são essas energias os nossos pilares de sustentação, e é nestas energias que nós devemos depositar a nossa Fé e positividade.
Levantar de manhã logo com uma boa atitude é meio caminho andado para que tudo de bom aconteça.

É claro que o Universo tem um certo equilíbrio, o ying young, nem tudo é 100% bom nem 100% mau...mas tudo tem o seu equilíbrio. E é quando encontramos este ponto, que a nossa mente se abre para outras perspectivas, conhecimentos e sentimentos de tudo não-físico, místico e enérgico.
É neste ponto que a nossa alma encontra Paz, Meditação e abre as portas para visões e dimensões fora dos nossos campos palpáveis.

"lei da atracção... tudo que é enviado por nós para a força superior será retribuído."

domingo, 1 de novembro de 2009

A minha viajem no barco de papel...Capítulo I

 
Devagar devagarinho..pé ante pé... vou á secretária e agarro no meu pequeno lápis de carvão, mal afiado e escrevo todas as frases e palavras e pensamentos que mais bonitas e puras que me vêem à cabeça.
Sonho Sol Lua Deus Alegria PAZ Amor Vida Cor Música Fogo Ar Terra Mar Amigos Ela Eu Natureza Família FORÇA Mel Leite Fruta Lágrimas...


"agarrar a vida" "dar graças" "gritar até ficar surdo" "fogo que arde e não me queima" "a minha peça de puzzle" "rir até me doer a cara" "viver à vontade do vento" "Meditação Espiritualismo e Amor"

 

(P.s. podia estar aqui uma eternidade a escrever....)

No final de esboçar estas palavras e frases e pensamentos...
Olho e volto a ler...
agarro naquele pedaço de folha de papel e começo a dobrar...um barco foi o que construí...simples pequeno mas estável e vivo...
Sem ninguém me ouvir, visto me com a roupa que tenho mais à mão, saio pela janela do quarto em direcção à praia...
Em momento de fantasia, encolho-me de tal maneira até caber dentro do barco e poder navegar nele. Mesmo antes de entrar olho para trás e vejo os bons momentos que passei com as pessoas que gosto, os maus momentos que ultrapassei, os sorrisos, as lágrimas...as recordações, a magia a música e o silêncio...
Entro dentro do barco e deixo me ir pelas marés de lua Nova..calmas e serenas de maré cheia...vou numa bela noite de lua a assobiar...
desfruto do fresco, o som do mar a visão e do momento de navegar sobre palavras e frases que me acompanharam durante uma grande etapa de vida...
vou navegando...
Sei que muito deixei para trás, sei que muitos não percebem, sei que se calhar posso nunca mais voltar...
sei que até posso não sobreviver...
mas de nada disto temerei
Pois estas palavras eu formo rimas e orações
Destas palavras canto pequenas Odes à Natureza, ao Povo, àqueles que me inspiram. Ao cantar caem-me lágrimas dos olhos, lágrimas de alegria, lágrimas de um dia poder ser encontrado por alguém que possa ouvir esta história, lágrimas de alguém que nunca fora descoberto mas suas Odes foram ouvidas na costa.
SIm também vou sorrindo, sorrindo de ter cumprido a pequena missão de perdoar e de dizer e admitir os meus erros...sorrio de estar limpo e leve, de ter olhado para trás sem rancores e apertar a mão àquele que tanto mal me fez.
E vou navegando...e á medida que vou navegando vou escrevendo mais palavras e frases no meu pequeno barco de papel.
Solto gargalhadas no meio do infinito Oceano, solto gargalhadas de alegria, de estar Vivo de poder ter algo para contar, ou Se nunca contar o meu barquinho ficará para contar...
Os dias vão passando, o meu cabelo cresce, a minha barba torna-se sábia, o espaço para escrever no barco torna-se limitado...apenas me sobra a visão dos azuis do Mar e Céu misturados com o laranja dos finais de tarde do pôr do Sol...torno-me velho...
A fome e a sede não fazem parte de mim..pois é de vida e palavras que me alimento...
Perco a noção do tempo e sítio...Como lindo viver sem estas preocupações...
Olho no horizonte e mar e céu é o que vejo...
Há dias que o vento se torna mais forte, outros o mar torna-se mais revolto...outro parece que nem têm fim...
Não sei para onde vou nem qual o meu destino...
(continua)

Aquele Ser bonito que outrora toquei...




Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
Quando dou conta, estou a olhar em redor à espera de um sinal ...
Sei que não o vejo mas que está a pensar em mim!
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
Sei que acordo sem Ele..mas sei que ele está lá.
é tão bonito que nem tenho palavras para o descrever...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
tento imaginá-lo, criá-lo, rescontrui-lo com o barro do chão e a areia e argila da praia para ficar a contemplá-lo
tento dar-lhe as feições e os contornes que outrora passei as mão e desenhei...
mas...
é bonito e é tão pormenorizado que não consigo esculpir...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
agarro em tintas...
numa tela gigante começo com os castanhos
doirado do cabelo, core de mel os olhos...
morena a pele...cor doce para os lábios..
as cores escuras para dar as sombras e relevos...
vou para os contornos do corpo e paro!!!
Não consigo ...é lindo demais para eu tentar fazer esse ser assim...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
vou ao final de tarde para o meu pequeno campo de trigo meditar e apreciar o laranja do ppor do sol...


quando o Sol toca o horizonte algo acontece...
vejo-a...
deitada sobre lindos gira-sois com uma veste branca...como se nada mais existira em seu redor...
linda e cheia de tranquilidade ela dormia...
aproximei-me e era mesmo ela..mas estava tão sossegada que nem tive coragem de a acordar!
Á medida que o Sol se ia pondo ela ia-se encolhendo com o frio..e aí eu juntei me a ela para a aconchegar...
Derrepente quando olho para os meus braços ...vazios...apenas ilusão...
distante ela estava e eu não lhe podia tocar..sentia-a de uma forma estranha..eu sentia-a pesada, triste sozinha..mas..eu sentia-a...
Está longe de mim...aquele Ser bonito que outrora toquei...
imaginei tanto...aqueles lábios tão doces de se beijar, aquele cabelo..uma perdição..parecia pequenos fios de ceda que ao tocarem na minha cara...meu corpo arrepiava-se...
Um ser que descrevo com o pormenor de até as grandes pestanas me sabia apreciar...em cada segundo via um novo pormenor...
mas..estava longe...
aquele ser que lhe disse as doces poesias de imrpoviso, as pequenas entrgas de prendas de momento como o Sol, uma Lua, um beijo a meio duma frase..etc.
Os jogos de olhares a pedirem sedução...
os pequenos sussuros ao ouvido..
as conversas de Deus que nos coloriam o espírito e a cabeça...
naquele dia pensei tanto nele...sentia-o tão distante, triste, sozinho...
se ao menos esse Ser pudesse sentir os meus pensamentos..poder-lhe dar um abraço infinito, perder-me nos beijos longos e açucarados, olhar nos olhos e perder a noção de espaço e tempo...agarra-lo como se fosse um pedaço meu que não poderia deixar cair....
Se ao menos podesse desejar estar com ela esta noite apenas par a ver...se....