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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Variações de um Rebelde #26

Variações de um RebeldeMatam o meu irmão...
Destruindo o meu País....
por nada...Por nada...

Todo o lado as ruínas aumentam e a maldade. As nações continuam a separar as cores e as palavras dos grandes...
Matam e não querem saber da semente semeada.
Ouro e Prata....ópio
As vozes fazem-se ouvir nos quatro cantos do Globo...é no mel das flores e na rebeldia das copas das árvores que a Natureza exprime a sua tristeza.
Rasgam-me o vocabulário todas as intrigas e lutas do Mundo. O cimento e o Petróleo....o Alcool e a Droga...
Quero comer pedra e terra...
A força de Mils Homens....
Do outro lado do mundo, uma menina com cabelso loiros e olhos de lince choram de tristeza e solidão....
***

"Nas ruínas dos Impiedosos quero jardins onde os meus filhos andem ...
Quero vinhas de vozes..
Esperança...
Ar...
Lágrimas de Alegria"

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Variações de um Rebelde #25 Fica no Meu Lugar

Arremessar contra o chão qualquer pensamento é não dar asas a outro voar. Pensar ou Sonhar?
Eis a questão...
Do solo vem a folhagem verde que pisamos no Outono, é sim na Natureza, no seio mais limpo e Verdadeiro deste espaço negro infinito que não conhecemos...É Nela que temos de dar Graças e Louvores pelo ar que respiramos ...
Dias azuis com pitada de cinzento aproximam-se....trazem nudez fria e crua com ele.
São dias entre janelas e passados à janela a ser enganado pelos impulsos dos meus ouvidos. Enganados pelos sons dos pássaros do meu vizinho...
Há dias que estar no silêncio era o que mais me apetecia, e sentir a virtuosa energia a pairar no ar de mãos dadas a mim.
Ver, ouvir, sentir...uma máxima que levo no bolso e tento viver e passá-la. 
Foi um dia, num momento de chá verde com maça e canela que vi algo. As pontas dos dedos fervilharam e abateu-se uma bola quente sobre mim. Acreditar no que ouvia era surreal...era ensurdecedor. Era lindo. Os pássaros pareciam Koras, o som das folhas das árvores pareciam cascas de nozes a cair do céu. Os ventos eram gritos de ansiedade. Era como estar num outro nível. Tudo era-me próximo e quente...a temperatura naqueles escassos segundos atingiu orgasmos e picos inimagináveis. Os gritos na minha cabeça eram como Metrópoles.
***
Da consciência vem o pensamento. Este filtrado dá-nos uma obra de arte. Musica, Dança, Pintura, Palavras, Humildade. É num circuito redondo e recto que circula esta nossa ambição de querer viver. Todos nós vimos da mesma relva, e é na mesma relva que nos vamos transformar. Relva. Ar, terra seca, pó...

Medo de quê?
O Guia está na ponta de um pequeno cordão que arde eternamente derretendo cera sem parar. A estrela que já não existe continuará a raiar no céu. Para quê chorar?
Abraçar a terra virgem dando-lhe o nosso sexo e fazendo-a ouvir...sim...regando-a de boas palavras...
Escrevo tradições e variações que não consigo prever sobre quem vai cair...a minha sede e doença torna-se tão mais forte que eu que os meus olhos vidram. Fecham-se em lágrimas.
É nas pedras de cores torradas que perco a minha imaginação e...

Fujo, sem me faltar as forças....o quente torna-se insoportável...e o caminho cada vez mais difícil... anda...anda...não fiques ai...vais te queimar..trás o fogo, e destrói a água.... trás a terra e sopra contra o vento...mistura banana com canela e come como se não houvesse amanhã...ri comigo...sim Ri quando temos que chorar...deixa-me abraçar-te quando temos qeu nos agredir...deixa-me ser tu e tu seres eu...Escreve quando tens que cantar...Vens? Vamos cair de costas quando temos que nos segurar...sem medos...Grita...Grito...o meu corpo fica de tal maneira fervilhante que nem um Batalhão de Mil homens consegue para ao meu lado...
Abrir os olhos e beber mais uma caneca de chá..mas agora sem açúcar...e ir até ao Equador.
Trazer Plutão e Júpiter comigo...tu, eu , aquele e aquela...caminhar descalços e rebolar nas lindas terras Vermelhas que África um dia me deu...cheirar as cordas dos instrumentos, e saborear a batucada dos tambores.
***
"Quando um dia fechares os olhos e pensares que nunca mais os abres, Acredita...e baixa a cabeça perante aqueles que te observam de cima para baixo. Sorri e escreve sem abrires os olhos, Paz, no chão...sim escrever com a ponta dos dedos...Quando as forças estiverem mesmo no fim e a chaga for bem pesada, agarra-a e faz dela a tua bengala...quando as lágrimas despedaçarem as tuas pestanas e abrires os olhos...diz me o que vês..."
Quando Deus me sussurrou isto ao ouvido... senti-me bem pequeno...pensava que tudo fosse desmoronar sobre as minhas construções de areia.

Então perguntei:

"Meu grandioso Rei...(silêncio) se eu ficar deste tamanho o que vou ser eu?"
O silêncio foi eterno...
Nos meus olhos senti os olhos da minha eterna árvore Polonga que descansa em paz num sitio que nunca me disse. Um olhar cinzento e bem infinito e vazio...parecia que tudo naquele olhar fazia sentido. Na pele das minhas mãos senti uma pedra pomes, peles ásperas e rasgadas da guerra como as do meu eterno Pai...
***



O Sorriso de hiena não é confiado...
Nem no  Sol do Meio dia vai me queimar as dobras do corpo
O fato de Rei não é meu...
Ficar calado jamais...
Leão esfomeado...
O tempo não para...
O vapor urge...
 Malho o ferro enquanto está quente...
Para quer chorar se posso rir?

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Variações de um Rebelde #24 Mundo Perfeito

É de firmeza e dureza feita o tecido que me cobre a carcaça.
Algo não me deixa voar nem fugir para o tecto do meu quarto.
Tecto de Sol, estrelas e Lua...
Afinal de contas como subir sem cair, como o pequeno ganha ao mais pequeno?
Variar as melodias e solos no meio de tempos incertos...
Ganhar a luz de inspiração e perfurar até ao sexo das árvores em busca do padrão perfeito... Toco o que sinto, e o que sinto varia de dia para dia...é incerto mas ao mesmo tempo é genuíno...
A minha mão acaba onde a tua guerra começa.
Não é em guerra que quero estar...mas sim quero estar entre dois jardins a contemplar os confins da melanina entre raças e humanidade. Explorar os seus tecidos humanos e os seus limites.
É no mar que me perco mas é na terra que nasço.
Resumo-me a nada quando estou neste tempo, fico em pó quando "ele" pára. Desce Júpiter e Neptuno para regar a sua ira no meu chá verde que bebo como se não houvesse amanhã. É nos confins das palavras que encontro a minha almofada e é nestas palavras que descarrego as minhas insónias. 
***
Quando era (sou) pequeno viajava sem destino sempre pensativo. Voava e rugia.
Reparava no minuto que passava pelos meus olhos ao sabor do vento. 
Hoje Renovo-me pelo futuro que é a Natureza. 
Liberto-me pela energia daqueles olhares apelando à piedade...

Mundo Perfeito
De onde a onde vai a minha liberdade?
Um dia Deus disse me ao ouvido:
"Quando estiveres cansado não te sentes....continua...pois quando chegares à paisagem linda que fiz para ti, vais ver que o que sofreste não foi em vão. A tua cruz acaba onde a Terra Prometida começa"