Esqueceram-se dos lindos prados verdes e substituíram os mesmos por vigas de ferros enferrujado e por betão.
Enviaram o fogo para as florestas e não se lembraram dos peles vermelhas que na mesma viviam.
Uns dizem para não ajudar, outros dizem para fustigar, aqueles dizem para mandar fogo....
Nós dizemos...
"Graças e Louvores"
Naquela ponte, trémula e podre, o comboio passava enquanto o pequeno cão na margem ladrava. O pequeno pormenor da ferrugem nas linhas férreas, e o sabor daquela manga que eu comia.
Levava um rumo indefinido, mas sabia onde ia. A 10 de Janeiro, ele veio cá para fora, para um Mundo azul e verde, coberto de Samba e Jansa. Para um Mundo coberto de Açúcar e especarias. Para um Mundo cheio Bem e Mal.
***
Houve um cruzar de Humores entre cadeiras de baloiço com o Mundo. Ele e EU.
Tinha um relógio que os ponteiros rodavam à minha vontade, mas nunca paravam.
Tinha um Jardim na minha cabeça....
Tinha um olho esquerdo e um direito bastantes escuros. O direito era Dele e o esquerdo Meu....
Ria-me ao barulho daqueles ventos que abalroavam o meu prédio de 12 andares, onde eu vivia no 12º andar.
Ao meu olhar, tudo se mudou, mas ao s olhares de outros era tudo normal.
Ao meu olhar, tudo se mudou, mas ao s olhares de outros era tudo normal.
***
Havia alturas que o Mundo girava, e tudo andava sobre umas sapatilhas alegres e rotas, com um sorriso na cara.
As notícias relatavam coisas infinitas, nada de interessante.
Podiam cair raios e chuvas....O mundo virava-se e chocalhava-se a ele mesmo...
E eu? rodopiava...
***
Hoje acordo com esperanças e com um passo cada vez mais pequeno e seguro...
***
Esqueceram-se dos sorrisos das crianças e dos pinos mal dados das mesmas.
Dos campos infinitos e vermelhos das papoilas de Alberto Caeiro.
Os laços foram-se quebrando e cada coisa andou a seu rumo...
Então e o Mundo?
Não foi feito só por mim nem só por ti, muito menos só por ele e ela.
Por Nós...
Perdeu-se as ligações das pessoas e o o quadros que um dia pintei de esperança.
Hoje vou virar costas e moldar barro e ouvir o Amor que escrevo nos pequenos pedaços de barro que escrevo.
Vou me por de pernas à chinês e sorrir, porque Amor é o som que toco e canto. Sei que tudo vai ficar bem...
(Continua)