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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Variações de um Rebelde #30 Volta Inspiração

Nos quatro cantos do mundo tudo é devastado por frequências imunes à distorção. Vibram os quatro cantos do mundo com tanta beleza e harmonia emanada por as nossas vozes, passos. Imaginem só o mundo sem nós falarmos, apenas os sons dos nossos passos, o respirar e a Natureza a emitir som entre os vales e montes, mares e oceanos...
É dos céus que ruge a minha capacidade de ver, ouvir e sentir...
Tudo é orgasmo e tremor...
Três incenso, três velas, chá de camomila com mel, o mar à porta e no meu tecto um manto de Universo infinito que hoje até teve e particularidade de me cair em cima e me levar a sensações nunca antes desconhecidas. Levou -me a locais onde o meu silêncio era a única coisa que esse mesmo local pedia. Locais onde só pedia para eu olhar e não tocar. Parece que me estava a querer dizer algo...
Ali sentado a Vê-lo a desabrochar cores e a cair cada vez mais pesado em cima de mim, ao ponto de o vazio ser tão profundo como os veios das palmas das minhas mãos.
Quando mais penso que estou concentrado é quando esse mesmo Universo me empurra cada vez mais para dentro dele.
É nos olhos vidrados e comprometidos que te vejo a perder na escrita e na minha eterna teimosia do querer e não querer.
Sentado, bem no frio e sozinho, entre estes elementos, a estática e o desespero roem-me as orelhas por trás enquanto nas mãos a dormência de pegar num lápis e rasgar os mundo em carvão, torna-se cada vez mais forte.
Nas 24 horas diárias, tudo para mim é tão intenso que por vezes rendo-me aos segundos...e esqueço me de os respirar.
Mas continuo sentado...a ver-te. Na tua luta com as cores que vais harmonizar hoje com a noite, a ver como vais incendiar o âmbar. 
Ao fundo do horizonte os veleiros perdidos gozam-me olhar, brincado nas suas derivas...
Mas eu quero mais...
(Não sei se) Desisto do meu egoísmo de querer moldar o Mundo como outrora o fizeram e morreram queimados ...
Moldar o Mundo pelo bem e ser crucificado.
Sentado...os prados verdes fazem-me cócegas na cara com os seus entre-ventos, e os moinhos nos cumes das montanhas giram misturando e enganando a rosa-dos-ventos.
(Não sei se) Vou me deixo cair de costas ou fujo...
Este  sítio é tão especial para mim...faz de mim algo em algum lado com alguma coisa à procura de voz.
Faz de mim um existente trovador...
Um pequeno trovador...
Ela foge..e nada fica..
É como os desenhos na areia..

Precisava de ser assim?
Sentado à espera dos meus céus...
Sentado enquanto a inspiração me foge outra vez entre os dedos e o Sol se esconde nestas 18:35minutos...
"Se não sei lidar com a tempestade, posso sempre cantar à chuva"

1 comentário:

Cláudia F. disse...

Obrigada pela serenidade que me fazes sentir...Beijo