Onde se encontram, onde se misturam?
Cabe aos jardins divididos por ruas, estradas, muros, casas...provocarem-se e conformarem-se com a sua própria existência, cabe a eles reproduzirem-se e unirem raízes, cabe a eles agir e misturarem-se. Da pequena gaivota ao grande filósofo, meio Mundo existe, mas mesmo este meio mundo não é tão grande como transparece ser.
"Meio Mundo descobriu-me e descontrolou-me."
Fez-me serrar o punho. No momento certo fez-me calcar agir, no momento inoportuno fez-me vincar aço e mastigar ossos.
O Vento vou e com ele meia nação de poeiras é transportada e ameaçada contra as arenosas Terras Virgens.
No Meio Mundo há Sol e dia, no outro Lua e Noite, há também, palavras que devoram o tempo que corre nos ponteiros do relógio assim como há acções que envolvem-nos em lágrimas e sorrisos.
Existe Meio Mundo que nos ataca, penetra, ridiculariza, reduz, trava, opõe, rasga, que se cala e destrói.
Penso eu que Meio Mundo não conhece meio Eu Ser, penso eu que há chãos que anseiam ser regados de palavras e inspirações, chãos que eu desejo passar e que nem o meio tempo do compasso chega para pensar no próximo meio tempo que vem.Há meio Mundo que me coça o sótão que há atrás da minha cabeça,assim como outro meio Mundo abre portas e janelas para o inesperado.
"Meio Mundo faz-me desesperar e faz-me ansiar até outro Meio Mundo encontrar..."
1 comentário:
Tenho pena que a esperança ou ilusão de algum dia poder encontrar os meios mundos unidos um ao outro não passe disso, de realidade nunca existente.
Porque sabemos delimitá-los, agora, e como foi bem dito, resta questionar "Onde se encontram, onde se misturam?".
Beijinhos
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