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quinta-feira, 4 de março de 2010

Baloiço...

Vou num baloiço, vou num carrossel.
Á roda, em cima e em baixo.
Os olhos fecham a cada movimento e a cada saborear do vento na cara.
O candeeiro da rua fundido, dois pássaros poisados no fio de alta tensão, o final de tarde e o som da ferrugem dos baloiços.
Vai rindo, vai sorrindo aqueles pensamentos de pessoa vazia e feliz...
Vai caindo o Sol e empurrando a Lua...
O baloiço vai dando cada vez mais balanço...
Vem coisas boas à cabeça, vem coisas alegres e com emoções.
Vou absorvendo cada momento, cada baloiçar...faço de cada movimento um som, cada arrastar de folha no chão com o vento, uma harmonia...vou rindo do nada e do nada vou comendo vento fresco.
Pensamento de liberdade, pensamento de agarrar um balão e voar para bem longe para mais ninguém me ver.
Vou me rindo de mim próprio.
Os sons vão-me soando cada vez mais alto na cabeça, e tudo torna-se a preto e branco.
O estômago dá um nó, a garganta também... Os sonhos mais impossíveis tornam-se em arrepios de energia como orgasmos à flor á flor da minha pele. apetece-me naquele momento saltar do baloiço em andamento e despedaçar o Mundo.
A minha cabeça vai viajando velocidades ainda mais estonteantes, os sons vão-se tornando mais altos a cada minuto que passa...

Quero terra e fogo...
A luz do candeeiro fica cada vez mais intermitente, a minha sombra torna-se em várias, sai-me suspiros, sai-me arrepios. 
Sinto um calor a percorrer as pontas dos meus dedos...e vou me rindo. Um riso meio amedrontado com tantas emoções. Apetece-me rebentar...
Apetece-me correr como um prisioneiro livre pelas ruas, cidades, países, continentes e só parar quando encontrar o nada.
Tudo se desfaz com o apagar da luz...

13 comentários:

Anónimo disse...

Lembrei a minha infância neste post. Lembrei a frequência com que me dirigia ao parque. Lembrei o meu favorito entretenimento. Eu adorava o baloiço, sabes? E eu moderava as velocidades. Tanto necessitava da lentidão do ir e vir, como a velocidade em que subia ao topo e a repentinidade em que descia ao solo. Vinham-me os sonhos, vinham-me os desejos. Vinham-me os medos, vinham-me as tristezas. Tudo ali seria possível sentir. Custava-me sair, mas depois de o fazer enfrentava de frente o mundo. Tão nova mas tão sentida daquela liberdade. Era isso mesmo, uma liberdade. Sentava, limpava-me, e saía. Pronta para mais um dia, pronta depois para voltar. Via o mundo dali, sentia-me como sua dona. E acho que somos, todos temos o nosso mundinho só nosso =)

Isabel disse...

Não permitas que a luz se apague. Vive, vive muito :)
Texto fantástico mais uma vez :)
beijinhos

Pii ♥ disse...

Eu cá ando, estes ultimos dias não têm sido própriamente fáceis, mas tento sempre pensar positivo.
Adoro andar de baloiço, é uma sensação maravilhosa (:

maria gabriella disse...

sim, às vezes tenho disto :D

Mariana Neves disse...

«Os sonhos mais impossíveis tornam-se em arrepios de energia como orgasmos à flor á flor da minha pele. apetece-me naquele momento saltar do baloiço em andamento e despedaçar o Mundo.» adorei esta frase.

saudade

Unknown disse...

gabriela....saudades de sermos pequenos e viajar nesses baloiços

Unknown disse...

né...nunca

Unknown disse...

pii saudades

Unknown disse...

jezebel...e acho bem

Unknown disse...

m sun...saudade

Unknown disse...

m sun...saudade

SSS's disse...

Uhuh que moral, escreves muito bem (:
Gostei muito do blog sim senhora, e este texto faz-me lembrar a sensação de liberdade de quando andava de baloiço x)

*

Unknown disse...

sss :) fico contente por teres gostado